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Notícias | Região LAVAGEM DE DINHEIRO

Mansão de líder criminoso do Vale do Sinos avaliada em R$ 3,3 milhões é alvo de buscas

Benhur foi condenado a 175 anos de prisão e atualmente cumpre pena em Mato Grosso do Sul. A companheira dele foi presa na terça-feira em Santa Catarina

Publicado em: 28.06.2023 às 11:26

Dezoito mandados de busca foram cumpridos nesta quarta-feira (28) contra uma das principais lideranças de facção com origem no Vale do Sinos: Tiago Benhur Flores Pereira, de 38 anos. Benhur é um dos envolvidos na construção do túnel do Presídio Central. Ele foi julgado e condenado a 175 anos de prisão.

Apesar de estar recolhido na Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, a investigação indica que Benhur praticava lavagem de dinheiro com apoio de outras pessoas do lado de fora da prisão, como a companheira. Ela é apontada pela Polícia Civil como um dos braços financeiros do preso. A mulher foi presa na terça-feira (27), em uma das casas dos criminosos, na Guarda do Embaú, em Santa Catarina. 

Nesta manhã, a casa onde ela ficava na capital gaúcha, no bairro Ipanema, foi um dos alvos dos policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). A residência é avaliada em R$ 3,3 milhões. Além de outros imóveis em Porto Alegre, a Polícia fez buscas em imóveis em Xangri-lá, no litoral norte, e em Bento Gonçalves, na Serra gaúcha.

Duas casas, entre elas a da mulher, foram sequestradas pela Polícia Civil nesta terça. A soma dos valores ultrapassa R$5 milhões. "Uma das técnicas da lavagem de dinheiro é justamente fazer a difusão de terceiros, então esses imóveis, apesar de serem de outras pessoas, são de uso dele e da família dele. Sequestro é um termo jurídico para indisponibilizar o imóvel, que fica à disposição do Estado", explica o delegado Cassiano Cabral, diretor da Divisão de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro.

Conforme o delegado, o objetivo da investigação do Deic foi identificar ações voltadas especificamente para esse tipo de crime. Ao todo, foram identificados 40 atos ilícitos, tanto de pessoas físicas quanto jurídicas. São 18 suspeitos, entre eles, laranjas, e 12 empresas de fachada. A grande maioria dos estabelecimentos está localizada na capital, mas Cabral afirma que há empreendimentos no Vale do Sinos. 


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A investigação também identificou 16 carros que seriam usados pelos criminosos no Estado. Quatro deles foram recolhidos durante a operação. Os outros 12 serão procurados e apreendidos pela Polícia Civil. 

Benhur deve voltar ao RS

A Justiça decidiu pelo retorno do criminoso ao Estado no dia 13 de junho. No entanto, segundo Cabral, ainda não há data definida para que Benhur chegue em território gaúcho. Atualmente ele cumpre pena na penitenciária federal de Mato Grosso do Sul.

Nadine Funck

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Nadine Funck

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