Esgotamento profissional é tema do 1º Simpósio de RH Unimed VS

Encontro será no dia 20 de julho, no Swan Novo Hamburgo, e está com inscrições abertas

Francine Silva

O mercado de trabalho, por si só, carrega uma série de fatores estressantes — sejam metas, entregas ou mesmo a quantidade de horas num mesmo lugar. No entanto, esse estresse pode se transformar em esgotamento e, sim, desencadear uma série de complicações.

De acordo com o médico e perito judicial Cristopher Celintano Pineiro, a Síndrome de Burnout, traduzida ao português como Síndrome do Esgotamento Profissional, é um distúrbio de saúde intimamente relacionado ao trabalho. "É uma afecção emocional/mental com sintomas relacionados à autocobrança, estresse, exaustão intensa e esgotamento físico/mental decorrente de situações de um trabalho que geralmente demanda, por exemplo, competitividade intensa, grande responsabilidade ou metas difíceis de cumprir no trabalho", detalha.

Cristopher

O médico será um dos palestrantes da 1ª edição do Simpósio de RH Unimed VS, que ocorre no dia 20, em Novo Hamburgo, e está com inscrições abertas. Pineiro pontua que, embora qualquer profissão possa desencadear a síndrome, profissionais que lidam diariamente sob pressão e com importantes responsabilidades são mais impactados. "Como profissionais de saúde, profissionais da segurança pública, professores, vendedores, entre outros", exemplifica. Confira a entrevista a seguir:

Quais sintomas?
Normalmente surgem como sintomas leves, em que a pessoa, muitas vezes, nem percebe que está passando pelo esgotamento profissional, tais como dores (de cabeça, abdominal, muscular), insônia, alteração do humor. Com o passar do tempo, costuma evoluir para sintomas de sentimentos negativos (de derrota, de fracasso, de insegurança), até chegar em um quadro psiquiátrico mais severo de ansiedade que impede levantar da cama, por exemplo, e que leva ao isolamento, depressão profunda.

Existe tratamento? Quais?
Há tratamento para a Síndrome de Burnout. A psicoterapia é a base do tratamento e, muitas vezes, suficiente. No entanto, a depender da gravidade dos sintomas, pode ser necessário o apoio médico, inclusive demandando o uso de medicamentos, tais como antidepressivos, ansiolíticos. Medidas não farmacológicas (afora o uso de medicações) também se impõem, tais como atividades físicas, mudanças do estilo de vida (alimentar-se melhor, evitar bebidas alcoólicas, por exemplo). Este conjunto de tratamento pode controlar e mesmo reverter todos os sintomas do esgotamento profissional.

Como evitar o esgotamento no trabalho?
Há diversas medidas preventivas, tanto no âmbito profissional, quanto pessoal que podem ser usadas para se evitar esta condição de esgotamento profissional, tais como realizar atividade de lazer fora do trabalho (ver amigos, passear com a família), realizar atividades físicas, definir pequenos objetivos profissionais e fraciona-los, escalando neles com um passo de cada vez, realizar a ''higiene'' do sono (evitar energéticos e cafés à tarde, evitar uso excessivo do celular). Como se percebe, a carga extenuante de trabalho associada à autocobrança excessiva e falta de lazer, são os principais fatores para desencadear a crise emocional.

Existe alguma predisposição que possa provocar esse esgotamento? Ansiedade? Depressão?
Sim, como é uma doença que acomete o mental/emocional da pessoa, se já há algum substrato, algum ''pano de fundo'', a síndrome do esgotamento profissional pode se desencadear com maior facilidade, pois há uma predisposição à transtornos psiquiátricos.

Quem já teve Burnout é mais fácil ter novamente?
Sim, pois muitas vezes a pessoa não reconheceu a associação clara dos sintomas com o trabalho, acreditando ter se tratado apenas de depressão a de ansiedade. Dessa forma, a pessoa que já foi acometida pela síndrome não aprendeu a realizar medidas preventivas como as citadas anteriormente.

Qual a importância de se falar sobre esgotamento e dos RHs entenderem que isso é um quadro clínico e não mimimi?
A síndrome de Burnout deve merecer atenção dos gestores/coordenadores da empresa, pois causa diminuição da eficiência do funcionário, causa absenteísmo do funcionário ou mesmo pedido de demissão de um colaborador que inclusive, muitas vezes, já comprovou que trabalha muito bem e traz bons resultados à empresa.

Saiba Mais

O quê: 1º Simpósio de RH Unimed VS
Quando: 20 de julho, das 13h30 às 17 horas
Onde: Swan Novo Hamburgo
Inscrições: gratuitas pelo site. Os participantes são convidados a doar 1kg de alimento não perecível que serão repassados para a AMO Criança NH

Patrocínio Master: Unimed Vale do Sinos
Patrocínio: TOTVS, Droga Raia, Univers, VR Alimentações
Apoio: Unicred e Exatus Contabilidade
Apoio Institucional: ACI Novo Hamburgo e CDL Novo Hamburgo
Promoção: ABC 103.3 FM e Jornal NH
Realização: Grupo Sinos

 

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