Adevic recebe doação de casa sensorial criada por alunos do Senai Novo Hamburgo

A Associação dos Deficientes Visuais de Canoas (Adevic) recebeu a doação de uma casa sensorial de brincadeiras para crianças com deficiência visual (total ou parcial) e com transtorno do espectro autista. O Centro de Formação Profissional - Senai Gustavo Copé, de Novo Hamburgo, foi responsável pelo projeto e entrega da casinha.

A casa com aproximadamente três metros de largura e três de comprimento vai contribuir para o desenvolvimento dos alunos da Adevic cegos, com baixa visão e autistas. "É uma casinha que emite cheiros, possui texturas, comando de voz, ou seja, foi adaptada para auxiliar no progresso das crianças", explica a vice-presidente da Adevic, Kelly Souza Oliveira.

A casa sensorial foi desenvolvida por alunos do Senai de Novo Hamburgo, dos cursos de carpintaria, estofaria, eletromecânica, elétrica predial, mecânico de manutenção e desenhista mecânico. "Esse projeto é derivado de outro [projeto] feito no ano passado. Em 2022, os alunos produziram três casinhas. Doamos duas delas para creches municipais de Novo Hamburgo. Elas não eram adaptadas, não eram sensoriais. No começo do ano tivemos a ideia de adaptar a casinha que havia ficado no Senai. Procuramos uma instituição que pudesse utilizar em suas atividades com alunos. Fizemos contato com a Adevic, que faz um lindo trabalho na área", salienta a coordenadora do Senai Gustavo Copé, Vanda Teresinha Silveira de Oliveira.

Segundo a Adevic, a casinha sensorial vai atender cerca de 60 crianças. "Ela foi construída para proporcionar diferentes sensações, desde o cheiro de limão até o toque de texturas", diz.

Inauguração, brincadeiras e busca por diagnóstico

Os alunos Cristian Pinto Menezes, de 3 anos, Isis Rafaela, de 9 anos, e Davi Luiz Pumes, de 11 anos, estrearam a casinha sensorial. Isis e Davi possuem baixa visão. A mãe de Cristian, Gilsimara Santana Pinto, de 32 anos, conta que o filho está com suspeita de autismo. "Ele começou a ser atendido pela Adevic a cerca de um mês. Recebi a recomendação da creche que ele frequenta. O comportamento dele apresenta características de autismo, mas para se ter um diagnóstico preciso é necessário fazer exames. Estou no aguardo da documentação para entrar na fila", frisa a moradora do bairro Niterói.

As crianças se divertiram com o espaço sensorial. Utilizaram o comando de voz, os cheiros, as poltronas texturizadas. Dentro da casinha foram fabricadas mini casinhas com todos os móveis para que os mais pequenos utilizem o tato em cada um dos itens que compõem o espaço. Foram construídos estofados circulares (com cores para quem tem baixa visão poder visualizar), para contação de histórias e rodas de conversa.