Polícia captura membros de quadrilha que exibiu mortes por videochamada para mandantes presos no RS

A operação da Polícia Civil desencadeada nesta terça-feira (19) em São Leopoldo e outras duas cidades gaúchas, mirou em membros de uma facção criminosa responsável por, pelo menos, três homicídios registrados no município no primeiro semestre deste ano. Sete mandados de prisão e 15 mandados de busca e apreensão foram cumpridos por 115 agentes no âmbito da Operação Ressurreição.

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Das sete prisões preventivas decretadas pela Justiça, apenas três foram efetivamente cumpridas nesta manhã. Duas delas são de integrantes da facção que já encontram-se presos na Penitenciária de Montenegro por outros crimes. O terceiro preso foi capturado em casa, no bairro Arroio da Manteiga, em São Leopoldo.

De acordo com a delegada Mariana Studart, que coordena a Delegacia de Homicídios de São Leopoldo, os mandados de busca se concentraram no bairro onde o terceiro suspeito foi detido, local apontado como núcleo da quadrilha. Além da cidade do Vale do Sinos, ocorreram buscas contra um alvo de Frederico Westphalen, cidade que fica a 420 quilômetros da região. Durante a operação, os policiais civis apreenderam uma pequena quantidade de drogas e munições de pistola 9mm.

A delegada explicou que a ação desta terça-feira é desdobramento da operação Ultor, ocorrida em maio. “A partir das provas coletadas na primeira fase da investigação destes três homicídios realizamos a operação de hoje”, explica. “Os indícios coletados pela investigação entre maio e setembro são robustos no sentido de confirmar o envolvimento dos alvos da operação de hoje nos homicídios”, completa.

A Delegacia de Homicídios de São Leopoldo promete continuar as diligências até que os outros quatro alvos da operação sejam presos.

Mortes assistidas por videochamada

Os homicídios que resultaram nas operações Ultor e Ressurreição aconteceram em janeiro deste ano. Em um dos casos, os criminosos transmitiram a execução da vítima por videochamada para os líderes da quadrilha que estavam presos.

O primeiro homicídio ocorreu dia 7 de janeiro, quando a vítima foi mantida em cárcere privado, sendo agredida com facadas e atingida por disparo de arma de fogo. O segundo crime ocorreu poucos dias depois, em 19 de janeiro, quando a vítima foi alvejada por mais de 20 disparos de arma de fogo em frente a sua residência.

Por fim, o terceiro crime ocorreu no dia 28 de janeiro, quando um indivíduo foi executado dentro de casa e o corpo foi enterrado em um matagal.