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Notícias | Região SETOR CALÇADISTA

PAQUETÁ: Suspensão de contrato chega ao fim e calçadista dá férias para funcionários; sindicato protesta

Indústria que tem sede em Sapiranga está em recuperação judicial; em agosto a operação de varejo foi vendida

Publicado em: 12.10.2023 às 21:15 Última atualização: 12.10.2023 às 21:16

Dois meses depois de ter vendido sua operação de varejo para a Gaya Empreendimentos e Participações, holding que controla o grupo paulista Oscar Calçados, a calçadista Paquetá segue em dificuldades. A empresa vem enfrentando protestos de trabalhadores no Nordeste – são quatro fábricas na Bahia e no Ceará. A sede fica em Sapiranga.


Protesto em frente a uma unidade da Paquetá na Bahia | Jornal NH
Protesto em frente a uma unidade da Paquetá na Bahia Foto: SINDICAL/BA-DIVULGAÇÃO

No início deste mês, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Artefatos de Couro de Ipirá (Sindical-BA) chegou a promover um protesto em frente à unidade da Paquetá. A entidade denuncia atraso de três meses no pagamento de cestas básicas e problemas no encerramento da suspensão do contrato de trabalho de centenas de funcionários.

O chamado "lay off" teve início em 1º de junho e chegou ao fim no início de outubro para um grupo de aproximadamente 900 funcionários. De acordo com a presidente do Sindical-BA, Arlete Silva, cerca de 50 foram proibidos de entrar na empresa no dia de retorno após a suspensão dos contratos.


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Segundo o sindicato, menos de 200 voltaram a trabalhar na unidade de Ipirá. Os demais foram colocados em férias. "A empresa não recebe os trabalhadores que estavam saindo do lay off mas também não garante pagar os salários de quem tá em casa", afirma Arlete Silva. Ela diz que o Sindical-BA "está mobilizado para garantir o cumprimento dos direitos trabalhistas".

A crise da Paquetá

A Paquetá The Shoes Company tem oito décadas de história e é uma das gigantes do setor calçadista nacional. O grupo possui unidades no Rio Grande do Sul, no Ceará e na Bahia, totalizando cerca de 6 mil funcionários. Está em recuperação desde 2019 e, apesar da venda das lojas, vem enfrentando dificuldades inclusive para pagar os salários em dia e de forma integral.

Há dúvidas sobre como será o retorno dos funcionários quando a suspensão dos contratos de trabalho chegar ao fim. Os prazos variam de uma unidade para outra. Uma das possibilidades seria a venda de ao menos parte da Capodarte, outra marca da empresa. Para isso, é preciso um entendimento com a Justiça. A empresa também busca R$ 16 milhões devidos pelo governo do Ceará a título de incentivos.

A empresa não comenta o assunto. O espaço está aberto para contraponto e demais esclarecimentos.

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