PAQUETÁ: Suspensão de contrato chega ao fim e calçadista dá férias para funcionários; sindicato protesta
Indústria que tem sede em Sapiranga está em recuperação judicial; em agosto a operação de varejo foi vendida
Dois meses depois de ter vendido sua operação de varejo para a Gaya Empreendimentos e Participações, holding que controla o grupo paulista Oscar Calçados, a calçadista Paquetá segue em dificuldades. A empresa vem enfrentando protestos de trabalhadores no Nordeste – são quatro fábricas na Bahia e no Ceará. A sede fica em Sapiranga.
No início deste mês, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Artefatos de Couro de Ipirá (Sindical-BA) chegou a promover um protesto em frente à unidade da Paquetá. A entidade denuncia atraso de três meses no pagamento de cestas básicas e problemas no encerramento da suspensão do contrato de trabalho de centenas de funcionários.
O chamado "lay off" teve início em 1º de junho e chegou ao fim no início de outubro para um grupo de aproximadamente 900 funcionários. De acordo com a presidente do Sindical-BA, Arlete Silva, cerca de 50 foram proibidos de entrar na empresa no dia de retorno após a suspensão dos contratos.
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A crise da Paquetá
A Paquetá The Shoes Company tem oito décadas de história e é uma das gigantes do setor calçadista nacional. O grupo possui unidades no Rio Grande do Sul, no Ceará e na Bahia, totalizando cerca de 6 mil funcionários. Está em recuperação desde 2019 e, apesar da venda das lojas, vem enfrentando dificuldades inclusive para pagar os salários em dia e de forma integral.
Há dúvidas sobre como será o retorno dos funcionários quando a suspensão dos contratos de trabalho chegar ao fim. Os prazos variam de uma unidade para outra. Uma das possibilidades seria a venda de ao menos parte da Capodarte, outra marca da empresa. Para isso, é preciso um entendimento com a Justiça. A empresa também busca R$ 16 milhões devidos pelo governo do Ceará a título de incentivos.
A empresa não comenta o assunto. O espaço está aberto para contraponto e demais esclarecimentos.