Entenda como a mudança de hospital de referência impactou atendimentos em traumatologia na região
Há cinco meses, o Hospital São Francisco de Assis, de Parobé, fez sua primeira cirurgia como referência para a especialidade
Na semana passada completou cinco meses que o Hospital São Francisco de Assis, de Parobé, fez sua primeira cirurgia de alta complexidade em traumatologia como referência regional para a especialidade. Foi em abril deste ano que a casa de saúde se tornou referência para atendimento de traumato-ortopedia para as regiões 6 e 7, contemplando 22 municípios dos Vales do Sinos e Paranhana.
De lá para cá, já foram realizadas 2,8 mil consultas de alta complexidade e, até 10 de outubro, 59 procedimentos cirúrgicos, a maioria de pacientes que aguardavam há meses na fila para serem chamados por Canoas. O município até então, em especial o Hospital Universitário de Canoas, era referência para 157 cidades do Estado.
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Com a mudança, houve mais agilidade no serviço e até quem já não tinham mais esperanças de fazer uma cirurgia conseguiu sair da fila. Este é o caso de Giovane Magno Pires de Borba, 27 anos, que teve sua história contada no Grupo Sinos em fevereiro deste ano.
O morador de Rolante aguardava desde 2016 para fazer uma cirurgia na perna em Canoas. Em 2014 ele sofreu um acidente de moto e precisou colocar platinas na perna direita. Ocorre que o corpo passou a rejeitar a prótese e, desde, então ele aguardava para remover o material.
Borba consultou no Hospital São Francisco em 15 de agosto e a cirurgia foi em 12 de setembro. Ele sofria com fortes dores na perna e também apresentava um quadro de infecção. "Fiz a consulta de retorno na semana passada. O médico disse que vai mais uns 30 dias para melhorar", comenta.
O que prevê o contrato
Por meio de sua assessoria de imprensa, o Hospital São Francisco de Assis informa que a equipe é composta por 12 traumatologistas, sendo que nove fazem cirurgias de alta complexidade. A maior demanda se concentra em procedimentos de quadril e joelho.
O hospital explica que cirurgias de alta complexidade costumam ser mais demoradas, com tempo de sala cirúrgica maior, com participação de dois cirurgiões e reserva de leito de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
Conforme o contrato firmado com a SES, o hospital deve realizar 46 cirurgias de média complexidade a mais, totalizando 86 ao mês, 20 de alta complexidade e 848 consultas mensais. De abril a julho, período em que é possível a análise dos sistemas oficiais do Sistema Único de Saúde (SUS) segundo o Estado, o hospital realizou mais de 3,8 mil consultas nesta especialidade.