ESCRIVÃO ASSASSINADO: Boneca do promotor é outra polêmica do júri do Caso Ruschel
Amorim conta por que levou o brinquedo, que acabou sendo mencionado pela defesa no pedido de liberdade para a condenada
Até uma boneca de plástico entrou no rol de polêmicas do júri do Caso Ruschel em Novo Hamburgo. O brinquedo na mesa do promotor Eugenio Paes Amorim, que despertou a curiosidade do público, entrou nos argumentos do pedido de liberdade para Adriana Guinthner, condenada a 15 anos e oito meses pela morte do companheiro, o escrivão judicial Paulo Cesar Ruschel, em outubro de 2006.
No habeas corpus impetrado no Tribunal de Justiça (TJ) na quarta-feira (1º), o advogado Jader Marques menciona que uma boneca de plástico seria usada no plenário por Amorim de forma indevida, por não ter sido juntada no prazo legal, e acabou sendo impugnada pela juíza a pedido da defesa.
O promotor revelou, à reportagem, por que levou uma boneca cheia de furos ao júri. “Era para demonstrar a direção dos tiros no corpo.” Amorim é alvo da defesa em outra frente. A participação dele no plenário será usada como principal argumento no pedido de anulação do júri. Marques sustenta o princípio da impessoalidade ao afirmar que o promotor teria “relação de inimizade antiga” com a acusada. Amorim define a tentativa da defesa como “manobra mentirosa, desleal e covarde”.
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O ponto central do habeas, conforme a defesa, é que a juíza Anna Schuh não poderia ter decretado a execução imediata da pena, na noite de terça-feira (31). Para o advogado, Adriana teria o direito de recorrer em liberdade. O desembargador, no entanto, não vê erro na decisão da juíza.
O caso
Paulo Cesar Ruschel, 48 anos, foi morto com dois tiros na cabeça e um no tórax por volta das 2 horas de 22 outubro de 2006. Ele dormia quando uma pessoa entrou no quarto e disparou. O homicídio aconteceu na residência onde o casal morava, na Avenida Pedro Adams Filho, bairro Pátria Nova. Adriana Guinthner, na época com 36 anos, foi presa na tarde de 8 de novembro, ao sair da Prefeitura de Novo Hamburgo, onde trabalhava. Seis dias depois, foi solta.