BR-116: PRF pode fazer novas fiscalizações em motos no trecho da morte

Após uma fiscalização intensa realizada no último fim de semana na BR-116 em motos que trafegam pelo trecho entre Ivoti e Picada Café, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) não descarta voltar a realizar ações semelhantes.

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Durante a operação, os policiais rodoviários federais fizeram a inspeção de condições de motos e da documentação dos pilotos. No local, a rodovia é pista simples, formada por aclives, declives e curvas acentuadas.

No último final de semana, a PRF fiscalizou 350 motocicletas, tendo registrado quase 200 infrações. “Avaliamos essa fiscalização como extremamente positiva, porque conseguimos alcançar os nossos dois principais objetivos, a fiscalização e a conscientização”, afirma o chefe da Comunicação da PRF no RS, Douglas Paveck Bomfim.

Os números da PRF apontam que o trecho entre o quilômetro 200, em Picada Café, e o quilômetro 240, em São Leopoldo, teve 21 acidentes graves até o dia 20 de outubro. “É uma região que apresenta um relevo diferenciado de outras rodovias, temos trechos de pista simples, de serra e curvas acentuadas”, explica Paveck.

Levantamento feito pela reportagem do Grupo Sinos apontam que entre janeiro e novembro, 11 motociclistas perderam a vida ao se envolverem em colisões em um trecho de pouco mais de 70 quilômetros, entre Picada Café, na Serra gaúcha, e Canoas, na região metropolitana.

No início de outubro, dois homens morreram após um grave acidente de trânsito no quilômetro 213,6 da rodovia, em Morro Reuter.

Irresponsabilidade

Paveck relata que os finais de semana são mais problemáticos devido ao comportamento dos condutores. “Temos entre Ivoti e Picada Café um volume de motociclistas que vão para aprontar, correr, fazer curva em uma velocidade inadequada que tem que praticamente deitar para vencer a curva”, relata.

Segundo o chefe de comunicação, a ação do último fim de semana pode se repetir, mantendo o foco na conscientização. “A gente espera que os motoristas dirijam com maior consciência, é isso que queremos para a redução dos acidentes.”

*Colaborou: Isaías Rheinheimer