Publicidade
Notícias | Região Experiência

Repórteres a bordo de avião da FAB contam bastidores de guerra simulada

Jornalista Laira Souza e fotógrafo Paulo Pires integraram missão aérea voando em um Amazonas C-105

Publicado em: 10.11.2023 às 09:38 Última atualização: 10.11.2023 às 09:38

 "Atenção, senhoras e senhores. O coronel passará agora o briefing da nossa missão." Com esse anúncio feito pela tenente Maiara Farias, da Base Aérea de Canoas, iniciou-se a minha experiência, e a do colega fotógrafo Paulo Pires, como integrantes da operação Escudo-Tínia, ação das Forças Armadas para defesa do nosso País.

Ao lado dos militares e de outros profissionais da imprensa, estávamos reunidos em uma sala junto à pista de decolagem e pouso, quando o comandante da Base Aérea de Canoas, Marcelo Bussmann, deu boas-vindas e passou um resumo dos objetivos das ações.

Teríamos que acompanhar o salto de um grupo de paraquedistas, cujo objetivo era fazer o reconhecimento de uma área - analisando se o território estava livre de inimigos - antes do resto da tropa chegar.
Passadas as orientações, iniciamos os preparativos para o embarque em um avião C-105 Amazonas, o qual nos levaria até a Base Aérea de Santa Maria, onde os paraquedistas nos aguardavam e de onde o voo partiria para o objetivo final da missão.

Todos os equipamentos de filmagem e bagagens foram pesados e colocados em uma área para que o cão farejador e a equipe antibomba pudessem realizar seus trabalhos. Logo após, o cão e o grupo fizeram a varredura de segurança na aeronave. Com tudo ok, embarcamos no avião. Os assentos são diferentes das companhias comerciais. São feitos de lona resistente, sem encosto e posicionados nas duas laterais da aeronave.

Briefing
Desembarcamos em Santa Maria cerca de 40 minutos depois e fomos direto ao rancho, onde um almoço nutritivo, com frango, arroz, feijão, purê de batatas e saladas, nos esperava. Antes de comer, o aviso para os aviadores de primeira viagem: "Não exagerem. Pois o voo pode ter turbulência."

Após 20 minutos de almoço, saímos direto para a pista, onde encontramos os paraquedistas e os pilotos.
Os comandantes repassaram informações cruciais, já que, ao atingirmos altitude, a porta traseira seria aberta e, para não sermos lançados para fora do avião acidentalmente, deveríamos estar com o cinto devidamente afivelado.

Checagem de segurança e união antes de saltar
Embarcamos e tomamos nossos lugares. Decolamos e, após 15 minutos de voo, a porta traseira foi aberta. De imediato o vento tenta sugar para a imensidão tudo e todos. E o barulho é ensurdecedor. Logo, o vento forte predomina e acabamos nos acostumando com o forte barulho de vento e do motor do avião. Concentrados, os seis militares, "ancorados" em um cabo de aço que percorre todo teto do avião, começam a fazer a última checagem dos equipamentos que incluem paraquedas, suprimentos, rádios transmissores, ferramentas e outros objetos que podem ser úteis no reconhecimento.
Checagem feita, o grupo se une em um círculo, brada um forte grito de guerra e se alinha para o salto. Uma luz verde se acende nas laterais daquela grande porta para o vazio, dando o ok para pularem.

Hora de saltar
Em questão de segundos, os seis militares saltam do avião e, um a um, os paraquedas se abrem, se camuflando na paisagem de diferentes tons de verde, da região central do Estado. O sinal positivo de um dos tenentes apontava que a nossa missão tinha sido executada com sucesso. Daí em diante, nossa equipe poderia voltar para a Base Aérea de Canoas, enquanto os paraquedistas iniciavam a exploração em solo da região.

 

Gostou desta matéria? Compartilhe!
Encontrou erro? Avise a redação.
Publicidade
Matérias relacionadas
Botão de Assistente virtual