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Notícias | Região VALE DO SINOS

Cliente é investigada após fazer observação com teor racista em pedido de lanche

Caso aconteceu na noite desta terça-feira (14), quando ela pediu pastéis de um estabelecimento através de um aplicativo

Publicado em: 15.11.2023 às 15:24 Última atualização: 17.11.2023 às 21:04

Um pedido de lanche virou caso de Polícia na noite desta terça-feira (14) em Campo Bom, no Vale do Sinos. Os proprietários de uma pastelaria, localizada no Centro da cidade, se surpreenderam ao receber uma observação incomum em um pedido. 


"Não gosto de pessoas assim encostando na minha comida": Polícia investiga crime de racismo em pedido de lanche | Jornal NH
"Não gosto de pessoas assim encostando na minha comida": Polícia investiga crime de racismo em pedido de lanche Foto: Arquivo pessoal

"Última vez veio um motoboy negro. Peço a gentileza que mande um branco. Não gosto de pessoas assim encostando na minha comida", disse a cliente. Minutos após ter feito o pedido através de um aplicativo, ela chamou o restaurante através do chat on-line e enviou a mesma mensagem. 

A lancheria é do casal Daniela Rodrigues e Gabriel Fernandes da Cunha. A proprietária relata que é ela mesma que recebe as encomendas e responde aos clientes. "Eu disse para ela que o pedido dela seria cancelado imediatamente, que não gostaríamos que ela comprasse mais conosco e que ela era racista."


"Não gosto de pessoas assim encostando na minha comida": Polícia investiga crime de racismo em pedido de lanche | Jornal NH
"Não gosto de pessoas assim encostando na minha comida": Polícia investiga crime de racismo em pedido de lanche Foto: Arquivo pessoal

Segundo Daniela, seu marido costuma fazer entregas quando a demanda é muito alta. Assim, ela acredita que ele já tenha feito uma entrega para essa pessoa.


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A empresária diz, ainda, que ligou para o condomínio de onde o pedido veio, mas que o síndico afirmou que não havia nenhuma moradora com aquele nome no residencial, nem mesmo o número do apartamento é real. "Esse endereço é um endereço falso. O condomínio existe, mas o número do apartamento não existe. Não tem nenhuma moradora com esse nome."

Polícia busca identificar cliente

Os donos fizeram uma denúncia na Polícia Civil. O delegado Rodrigo Câmara explica que o caso é investigado, mas que a suposta cliente ainda não foi identificada.

O delegado destaca que busca esclarecer qual foi a motivação do crime. "Se a intenção foi ofender alguém especificamente, vai responder pelo crime de injúria racial. Por outro lado, se a intenção foi discriminar um grupo de pessoas em razão da cor da pele, então deve responder por um dos tipos penais de racismo."

Kassiane Michel

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Kassiane Michel

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