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Depois de enxurrada mortal, Vale do Taquari enfrenta terceira maior cheia da história

Região sofre com sexta enchente no ano. Desta vez, água subiu de forma mais lenta, mas nível do Rio Taquari impressionou mais uma vez

Publicado em: 19.11.2023 às 17:25

O Vale do Taquari, que nem se recuperou da enxurrada que matou dezenas de pessoas e destruiu cidades em setembro, voltou a enfrentar a força do Rio Taquari. Ainda no sábado (18) à tarde, o governo do Estado alertou que nova enchente deveria atingir a região em níveis similares aos registrados no início de setembro.

O alerta, feito inclusive pelo governador Eduardo Leite em live, ponderava que apesar de a água não subir tão rápido quanto em setembro, a cota de inundação seria semelhante. A projeção se confirmou.


Rio Taquari registrou a terceira maior marca dos últimos cem anos de medição | Jornal NH
Rio Taquari registrou a terceira maior marca dos últimos cem anos de medição Foto: Prefeitura de Lajeado

O Rio Taquari se estabilizou em 28,94 metros na manhã de domingo (19) em Lajeado e recuava 15 centímetros por hora. De acordo com a Rádio Independente, foi a sexta enchente na região no ano e a terceira maior dos últimos cem anos.

Para se ter uma ideia, a maior enchente, em 1941, atingiu 29,92 metros. O nível normal no ponto medido é de 13 metros de profundidade. Ao menos 480 pessoas foram para abrigos públicos em Lajeado.

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Na vizinha Estrela, mais de 500 pessoas ficaram desabrigadas e aulas foram canceladas. O Rio Taquari ainda deixou ao menos 56 desabrigados na cidade de Taquari.
Bairro das Indústrias, em Estrela, ficou alagado | Jornal NH
Bairro das Indústrias, em Estrela, ficou alagado Foto: Ismael Salvatori/Governo de Estrela

Em Roca Sales, que foi destruída pela enxurrada de setembro, o hospital da cidade voltou a ser atingido pelas águas no sábado. O térreo e o primeiro andar foram afetados.

Em Muçum, o rio passou dos 20 metros, também acima da cota de inundação, e famílias também foram retiradas de casa. Em entrevista ao jornal A Hora, de Lajeado, o prefeito Mateus Trojan informou que a cidade estava sem energia elétrica e água no domingo.

Cerca de 200 pessoas estavam em abrigos públicos e várias outras foram para casas de familiares. De acordo com ele, cerca de 70% do território foi alagado e aulas foram canceladas. Um comitê de crise foi montado em Encantado, de onde doações deverão ser enviadas aos municípios vizinhos.

Ermilo Drews

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