Jovem de 19 anos fabricava receitas médicas e vendia remédios de tarja preta na região
Na casa do investigado, preso na manhã desta terça-feira, policiais apreenderam diversas prescrições, medicamentos e até dinheiro falso
Um derrame de receitas para medicamentos de uso controlado em farmácias do Vale do Paranhana, principalmente psicotrópicos, fez a Polícia Civil descobrir engenhosa fraude na área da saúde. À frente do esquema estava um morador de Taquara de 19 anos. Ele fabricava as prescrições no computador e comprava os remédios para revenda a preços superfaturados. Identificado pelas iniciais GML, foi preso em casa na manhã desta terça-feira (21).
De quem é o corpo sepultado por engano no RS? Saiba o que a Polícia já sabe sobre o caso
VÍDEO: Pai, mãe e filho de dois anos morrem após fusca cair de ponte no RS
Gaiteiro cego tem instrumento furtado pela segunda vez em Novo Hamburgo: "Não posso fazer nada sem gaita"
ENCHENTE: Além da cheia do Rio dos Sinos, moradores de Novo Hamburgo enfrentam falta de energia elétrica
RS-122: O que diz a concessionária sobre liberação da rodovia após deslizamento; veja vídeo
Também tinha atestado com carimbo
No computador do indiciado, os policiais encontraram programas para edição das receitas e documentos de identidade de outras pessoas. Um arquivo de atestado médico em nome da prefeitura de Taquara aponta que o negócio envolvia ainda a venda de dispensas fraudulentas de trabalho. Estava em branco, porém carimbado e assinado.
Também foi apreendida parte da produção. Eram diversas receitas impressas, todas com carimbo médico, vários remédios de tarja preta e até dinheiro falso, que o investigado estaria usando nas compras em farmácias da região. GML ficou em silêncio. Usou do direito de só falar em juízo. “Ele foi autuado em flagrante por tráfico de drogas, falsidade ideológica e uso de nota falsa”, declara o delegado.
Indiciado estava em liberdade por furto
A apreensão de um simulacro de pistola, uma soqueira e duas balaclavas indicam que a atuação ia além das fraudes. O indiciado foi preso e solto recentemente por furto qualificado. Os agentes recolheram ainda três celulares e outros objetos, como dois cadernos, que serão analisados. A investigação prossegue.
Prefeita afirma que material com logomarca pública é falso
A prefeita de Taquara, Sirlei Silveira, afirma que é falso o material com a logomarca da administração municipal. Ela se manifesta por meio de nota: “O formulário apreendido onde aparece o nome da Prefeitura de Taquara sequer é parecido com os que são utilizados nos consultórios públicos. Os nossos constam, inclusive, com numeração para controle. Ou seja, trata-se de uma fraude. O mesmo ocorre com o carimbo e assinatura, que são falsos. Iremos fazer um boletim de ocorrência contra o preso por falsidade ideológica, uma vez que usa de forma criminosa o nome da Prefeitura”.