Dezenas de tartarugas aparecem mortas em vala de drenagem de arroio; caso "é algo anormal"
Moradores relataram que animais apareceram mortos no local, que fica no limite entre São Leopoldo e Novo Hamburgo; veja o que se sabe
Após receber relatos de moradores locais sobre o aparecimento de tartarugas mortas na vala de drenagem do Arroio Gauchinho, na Vila Brás, bairro Santos Dumont, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam) está monitorando a extensão do arroio e investigando o que poderia ter causado o óbito dos animais.
Conforme a prefeitura de São Leopoldo, a informação sobre o caso chegou à Semmam nesta quinta-feira (30) e, de imediato, uma equipe foi avaliar o local, que fica no limite entre São Leopoldo e Novo Hamburgo.
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“Vimos que estavam mortas há mais de 10 dias, acumuladas juntos com outros resíduos. A maioria delas já estava em adiantado estado de decomposição, o que nos impede de recolher, congelar e enviar para análise de um laboratório especializado para identificar a causa da morte”, pontuou.
“Mas é algo anormal, pois são animais bem resistentes e se adaptam em locais onde outros animais não sobreviveriam. Iniciamos um processo de investigação para buscar a causa e possíveis responsáveis. Se for configurado como um crime ambiental, as medidas administrativas e judiciais serão tomadas”, destacou o biólogo.
Órgãos ambientais avisados
Na manhã de sexta-feira (1º), o titular da Semmam, Anderson Etter, esteve no local e destacou a atuação do Fórum dos Arroios, como um exemplo de participação popular e controle social, para fins de preservação ambiental e fiscalização, ressaltando ser uma situação atípica.
“Estamos colocando em prática os protocolos que a circunstância exige. Por ser a divisa com Novo Hamburgo os órgãos ambientais do município vizinho foram avisados e também comunicamos a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam)”.
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“A tigre-d’água está no seu período reprodutivo, então ela está em bastante atividade. Ela costuma se afastar até 50 metros para fazer a desova e isso faz com que nessa época ocorram acidentes e atropelamentos. Mas nunca encontramos tantas tartarugas mortas num mesmo local. Elas são muito resistentes. Durante a mortandade no Rio dos Sinos em 2006, não registramos mortes de tartarugas”, ponderou o biólogo.