Vereador que discordou em vídeo que transsexuais usassem banheiro feminino é afastado do cargo; entenda o caso
Nas redes sociais, o vereador Ado o Gari disse que mulheres corriam risco: "Eu jamais ia deixar esposa, filha, estar dividindo banheiro com homem que se sente mulher"
O vereador Adroaldo Machado, o Ado o Gari (MDB), ficará afastado do cargo na Câmara de Sapiranga nos próximos 15 dias por quebra de decoro parlamentar. A suspensão temporária do membro do Legislativo foi aprovada, por ampla maioria, na terça-feira (5).
A votação ocorreu após leitura do relatório final de Comissão de Ética que apurou declarações transfóbicas em vídeo publicado nas redes sociais do parlamentar no mês de agosto onde discordava de transsexuais usarem banheiros femininos.
"Sem movimentos bruscos": Especialista explica o que fazer se você se deparar com uma cobra em regiões urbanas
VÍDEO: Cachorrinha acompanha gravidez da tutora e faz sucesso na internet; "A Olívia é uma irmã mais velha para a Joana"
Na véspera, ministro cancela júri de líder de facção do Vale do Sinos
Após a publicação, o parlamentar foi denunciado por movimentos LGBTQIA+ que lotaram o plenário na Câmara durante a sessão de ontem que acabou em bate-boca. Em sua fala de defesa, o parlamentar argumentou que “ninguém se torna transfóbico ou homofóbico por não concordar com alguma coisa. Eu só me torno um transfóbico, um homofóbico, se eu querer matar os trans”.
A declaração do vereador causou indignação entre representantes de movimentos que defendem a causa LGBTQIA+, que denunciaram a parlamentar por LGBTfobia à Brigada Militar. Ainda durante a sessão policiais militares estiveram na Câmara e encaminharam o emedebista para prestar esclarecimentos na Delegacia de Polícia. A sessão foi imediatamente encerrada.
A reportagem entrou em contato com a defesa de Adroaldo Machado e aguarda retorno.