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Notícias | Rio Grande do Sul Política

Carmem Flores diz que deixa PSL se perder presidência da Executiva

Empresária diz que sai do partido "na mesma hora" caso o comando passe para um dos deputados eleitos, que se movimentam para assumir o comando

Por João Ávila
Publicado em: 09.12.2018 às 08:10

A empresária Carmem Flores, uma das responsáveis pela estruturação do Partido Social Liberal (PSL) no Rio Grande do Sul, poderá deixar a sigla. Dois meses depois das eleições de outubro, quando conquistou 1,5 milhão de votos como candidata ao Senado, ficando à frente, por exemplo, de José Fogaça (MDB), ela é pressionada a deixar a presidência da Executiva estadual. Só que ela não quer ceder. E, se perder o comando, diz que deixa a sigla na mesma hora. “Ajudei a criar este filho, que cresceu e está forte. Não vão tirar ele de mim na mão grande”, disse, com exclusividade ao ABC Domingo. “Mas, se isso acontecer, me desfilio no mesmo momento”, diz, sem anunciar qual o rumo que poderá seguir.

Nas eleições de outubro o PSL gaúcho fez oito deputados, quatro estaduais e quatro federais. Na semana passada, um dos eleitos, Bibo Nunes, disse em entrevista que “a Carmem Flores fez o seu trabalho e agora chegou a hora de encerrar o seu mandato”. A empresária enlouqueceu e na mesma hora fez contato telefônico com o presidente nacional do partido, Luciano Bivar, de quem garante ter apoio. “A Executiva nacional não tem informação nenhuma sobre minha saída”, diz ela, que tem mandato até o dia 31 de dezembro. Mas, como trata-se de Comissão Provisória, espera ter o período renovado pela Nacional.
“Peguei o PSL do zero, construí o partido no Rio Grande do Sul. Elegemos oito deputados, fiz 1,5 milhão de votos e mesmo assim não estão satisfeitos com o meu trabalho”, lamenta. E o movimento, conforme Carmem Flores, não é de um ou outro. “Todos estão querendo a presidência.”

A empresária lembra que é a única mulher presidente estadual do partido. “Imagina como vai ficar a imagem do PSL, que carregou na campanha as acusações de que o presidente eleito é machista e homofóbico. Agora, na primeira oportunidade tentam tirar a única mulher que preside um Diretório estadual”, acrescenta, dando a entender que, desta forma, o próprio partido dará ferramentas para a oposição confirmar o que vinha sendo dito durante toda a campanha.

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