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Notícias | Rio Grande do Sul Litoral norte

Bombeiros já registraram mais de 23 mil queimaduras por águas-vivas

Número pode ser muito maior porque grande parte dos banhistas não registra os casos nas guaritas

Publicado em: 02.01.2019 às 08:59 Última atualização: 02.01.2019 às 10:40

Foto por: Feevale/Divulgação
Descrição da foto: Bandeiras alertam para locais com águas-vivas
Desde o início da Operação Golfinho, em 15 de dezembro, os Bombeiros já registraram 23.072 queimaduras por águas-vivas no litoral norte. A segunda-feira, dia 31, foi o dia com o maior número de atendimento a banhistas, chegando a 10.906. Os Bombeiros acreditam que o número possa ser muito maior porque grande parte dos banhistas não registra os casos nas guaritas. Os números do primeiro dia do ano ainda não foram divulgados.

Para alertar os banhistas, os guarda-vidas têm fixado bandeiras roxas com alertas na faixa de areia onde há mais incidência de queimaduras. A água quente, corrente lateral e série de ondas mais fracas podem explicar a infestação de águas vivas.

Vinagre pode ajudar

Com tantos casos, os Bombeiros orientam a população a levar uma mistura de vinagre com água doce para aliviar a ardência em caso de contato com uma água-viva. A medida é 50% para cada ingrediente. Os guarda-vidas também estão orientados a ter nas guaritas a mistura.

O professor da FURG e especialista em águas-vivas, Renato Mitsuo Nagata, no entanto, orienta que seja usado apenas vinagre e água do mar. "A limpeza tem que ser com água do mar. Qualquer protocolo de atendimento de casos de queimaduras recomenda nunca aplicar água doce, pois isso aumenta a injeção de mais toxinas na pele das pessoas", explica. O uso de vinagre puro é orientado porque impede que as células de veneno ainda “carregadas” e presas na pele de aumentarem o envenenamento da banhista ferido. 

Queimaduras podem ser graves

Segundo o dermatologista João Aveleira, no blog do Ministério da Saúde, os primeiros sintomas são vermelhidão, ardência e dor intensa no local afetado, que podem durar de 30 minutos a 24 horas.

O veneno tem ação tóxica na pele humana, podendo causar inflamação extensa e até necrose. Em casos mais graves, pode provocar ainda arritmias cardíacas, alteração no tônus vascular e insuficiência respiratória por congestão pulmonar. Há também relatos de dor de cabeça, náuseas, vômitos, febre e espasmos musculares. Em geral, a gravidade depende da extensão da área atingida.

O que fazer em caso de contato

- Fique calmo;
- Saia da água rapidamente;
- Lave o local com vinagre por cerca de 10 minutos;
- Remova os tentáculos com auxílio de uma pinça. Nunca use toalha ou areia;
- Não passe urina sobre a queimadura;
-Ligue para 193 ou 192 em situações mais graves.

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