A chuva intensa e os ventos fortes que atingem a Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul desde o início da semana levaram à decretação de estado de calamidade pública em dois municípios: Uruguaiana e Alegrete. O mau tempo provocou alagamentos, queda de árvores e energia interrompida, além de prédios atingidos. O último balanço mostrou que 12 famílias estão desalojadas na região.
O prefeito de Uruguaiana, Ronnie Mello (PP), reuniu-se com secretários para discutir a situação. Há registros de árvores caídas bloqueando ruas e quatro prédios da sede da Secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação que foram atingidos, e uma escola foi destelhada.
O prefeito Márcio Amaral (MDB), de Alegrete, relatou inundações em decorrência da forte chuva. Com o mau tempo, o Rio Ibirapuitã está acima do nível normal. A chuva acumulada chegou em 233 milímetros - a média mensal para janeiro é de 159,7 milímetros.
Nas últimas horas, a chuva forte atingiu também cidades da Campanha, como Bagé. O volume de precipitação chegou a 124 milímetros. A Defesa Civil municipal trabalha desde as primeiras horas da manhã de hoje (10) para fazer o levantamento dos pontos atingidos.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), colocou os órgãos estaduais à disposição para auxiliar na retomada das condições de normalidade nos municípios afetados pelas chuvas.
Segundo o chefe da Casa Militar, coronel Julio César Rocha Lopes, para socorrer os municípios, a Defesa Civil e as equipes do Corpo de Bombeiros auxiliam em serviços como a desobstrução de vias em Uruguaiana, onde choveu mais de 100 milímetros.
O estado disponibilizou maquinários para as primeiras ações no município, além do envio de lonas para Bagé e Alegrete.