O último boletim da Defesa Civil do Estado, divulgado no final da manhã desta sexta-feira (18), atualizou o número de mortes pelas chuvas intensas e ventos fortes que castigam o Rio Grande do Sul desde a semana passada, principalmente a Fronteira Oeste. A última vítima confirmada foi em Alegrete na segunda-feira (14). O município já tinha sofrido um óbito pelas chuvas no dia 9. Outra cidade que teve morte confirmada foi Santana da Boa Vista, também na segunda.
Os números de atingidos ainda continuam crescendo e já chegam a 8785, sendo 1573 desabrigados, 5144 desalojados e 2068 com danos menores nas residências. Conforme a Defesa Civil, são 20 municípios afetados pelo mau tempo, sendo que sete já tiveram pedido de situação de emergência homologado pelo Estado. Alegrete segue sendo o mais castigado, com 1328 desabrigados e 4604 desalojados.
Articulação estadual
O governo do Estado definiu, nesta sexta, novos encaminhamentos a serem feitos ao governo federal para dar suporte às cidades afetadas pela chuva das últimas semanas. Todo o apoio técnico necessário para facilitar a captação de recursos federais será oferecido às prefeituras, com o objetivo de reconstruir as áreas atingidas por temporais e enchentes.
As demandas foram encaminhadas pelo governador Eduardo Leite em reunião com o secretário de Articulação e Apoio aos Municípios, Rodrigo Lorenzoni, e o chefe da Casa Militar e coordenador estadual da Defesa Civil, Julio Cesar Rocha Lopes. Leite pediu que ambos mantenham contato com a União para agilizar os trâmites.
"O Estado tem dado o suporte necessário nesse primeiro momento, mas as próximas etapas, que exigem um aporte maior de recursos para reconstrução de espaços públicos, estradas e pavimentação, dependem do governo federal. Por isso, é importante articularmos as ações para que elas ocorram da forma mais ágil possível", explicou o governador.
Com o reconhecimento, por parte do Estado, dos decretos de situação de emergência dos municípios, agora resta a homologação pela Defesa Civil Nacional. Assim que isso ocorrer, será possível que as prefeituras peçam recursos para a reconstrução. Os moradores que tiveram prejuízos com a chuva também poderão solicitar o saque do FGTS, a partir de critérios definidos pela Caixa Econômica Federal.