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Notícias | Rio Grande do Sul Três Passos

Quarto dia de julgamento do Caso Bernardo tem fala da defesa e da acusação dos réus

O julgamento pode durar cinco dias

Por Agência Estado
Publicado em: 14.03.2019 às 22:04 Última atualização: 14.03.2019 às 22:06

Foto por: Márcio Daudt/TJRS
Descrição da foto: Evandro negou qualquer participação no crime
O julgamento do Caso Bernardo Boldrini entrou em seu quarto dia. Nesta quinta-feira (14), a madrasta do menino, Graciele, a amiga dela, Edelvânia, e o irmão de Edelvânia, Evandro, deram seus depoimentos. Na última quarta-feira (13), Boldrini havia falado. Falaram ainda os promotores de Justiça e devem ser ouvidos todos os advogados dos réus.

A enfermeira Graciele Ugulini, madrasta do menino Bernardo Boldrini, disse que a morte do garoto, em abril de 2014, foi acidental e não premeditada. Segundo a madrasta, Bernardo teria morrido pela ingestão excessiva de remédios. No depoimento, Graciele também inocentou o pai de Bernardo, o médico Leandro Boldrini. "Pensei em contar para ele muitas vezes. Mas tive medo da reação", disse.

Boldrini, Graciele, uma amiga dela, Edelvânia Wirganovicz, e o irmão de Edelvânia, Evandro Wirganovicz, são acusados pela morte do garoto de 11 anos, em 4 de abril de 2014. O corpo de Bernardo foi achado dez dias depois em uma cova em Frederico Westphalen, a 430 quilômetros de Porto Alegre.

O pai de Bernardo depôs no dia anterior e negou participação no crime. "Eu digo: quem matou foi a Graciele e a Edelvânia", destacou durante a sessão. A madrasta contou que Bernardo pediu para ir com ela a Frederico Westphalen e tomou em casa um remédio para enjoo. Graciele disse que o menino estava agitado e ela, então, deu ritalina para ele, mas a criança continuou inquieta. Segundo contou, ela jogou a bolsa no banco de trás, onde Bernardo estava, e mandou o garoto tomar mais remédio, mas não viu o quanto Bernardo ingeriu.

Em seu depoimento, ela disse que, ao chegar a Frederico Westphalen, encontrou-se com a amiga Edelvânia e trocaram de carro. Nesse momento, contou, Bernardo estava imóvel no banco de trás, babando e sem pulso. Ela, então, viu que faltavam "cinco ou seis remédios". Graciele negou que tenha dado injeção letal no menino.

Emocionada, a madrasta afirmou à juíza que Edelvânia queria levar o garoto, já desacordado, ao hospital, mas ela preferiu esconder o corpo. "Eu pensava: o que as pessoas vão pensar? Vão me prender. Vou ficar longe da minha filha", disse a enfermeira. Bernardo, então, teria sido enterrado em uma cova aberta em meio à mata.

''Não matei''

Edelvânia também depôs. Ela negou a compra de soda cáustica, que teria sido jogada no corpo do menino no momento em que cavava a cova, mas confessou que teria comprado a pá utilizada para fazer o buraco. Segundo ela, a morte de Bernardo não foi premeditada pela madrasta. Edelvânia também negou a autoria do crime. "Não matei o Bernardo", disse. Passada uma hora de questionamentos, Edelvânia sentiu-se mal e desmaiou. Foi socorrida e atendida por uma enfermeira e um médico, que atestaram pressão arterial alta.

O irmão de Edelvânia, Evandro Wirganovicz, foi interrogado em seguida e negou as acusações. "Não sabia de nada disso, fiquei sabendo pela mídia, escutei pelo rádio de dentro do meu caminhão que a minha irmã tinha levado a polícia até o local onde ele foi enterrado", disse.

Por volta das 22 horas, o julgamento seguia na fase de debates.

Dinâmica

Durante a tarde, o julgamento iniciou a fase de debates. Acusação fez uma fala de aproximadamente quatro horas. Este tempo foi definido pela própria juíza Sucilene Engler.

Após intervalo, as defesas começaram as suas respectivas falas. O advogado Ezequiel Vetoretti, que atua na defesa de Leandro Boldrini foi o primeiro a se posicionar. Seguido dele, a palavra foi passada para Vanderlei Pompeo de Mattos, que representa Graciele.

O julgamento pode durar cinco dias.

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