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Notícias | Rio Grande do Sul Polêmica dos radares

Diretor do Detran garante que rodovias da região terão a fiscalização ampliada

"Quando falamos em trânsito, estamos nos referindo a um instrumento que ceifa vidas", disse Enio Bacci em entrevista à Rádio ABC

Publicado em: 16.08.2019 às 18:58

Nesta sexta-feira (16), em entrevista à Rádio ABC 900, o diretor-geral do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) do Rio Grande do Sul, Enio Bacci, comentou sobre a decisão do Presidente da República, Jair Bolsonaro, determinando a suspensão do uso de radares nas rodovias federais. Ele acredita que precisam haver ponderações e a busca por uma solução intermediária. O despacho bem como o anúncio do recolhimento e suspensão destes e dos demais instrumentos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), tem levantado contrapontos. 

Confira a entrevista completa à Rádio ABC


 

"Quando falamos em trânsito, estamos nos referindo a um instrumento que ceifa vidas. Só no ano passado foram aproximadamente 40 mil brasileiros que morreram no trânsito. Então não podemos olhar esta questão sob viés ideológico, pois não é questão de governo ou oposição, mas, sim, de sobrevivência. É preciso pensar sempre que do outro lado existe alguém", disse Bacci. 

Ele ainda acredita que deve haver um equilíbrio a tomar uma decisão como essa, pois, na visão dele, existem motoristas que acabam sendo injustiçados com a aplicação das multas. "Nesse caso sempre costumo usar um caso que aconteceu nas proximidades da Arena do Grêmio, onde um motorista foi multado por passar a 75 km/h, quando havia, ali, um pardal que o limite era 50 km/h. Então, em casos como esse é necessário analisar a situação com coerência", e questiona: "em casos onde o condutor do veículo está andando numa velocidade superior a 180 km/h, por exemplo, quem é que vai fazer com que este motorista respeite os demais no trânsito?".

Para o diretor do Detran, a nova decisão fará com que a polícia não consiga mais colocar limites naqueles que andam em alta velocidade e que colocam a vida dos demais em risco. "Sem instrumentos, consequentemente, não se poderá fazer nada. Não haverão provas de que o infrator estava em alta velocidade". Ele ainda acredita que em cima da decisão de Bolsonaro, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) deverão encontrar uma solução intermediária, pois, para ele, o Congresso e o judiciário também podem intervir na decisão. "Essa decisão não precisa tomar um rumo tão radical. O Rio Grande do Sul, por meio do governador Eduardo Leite e, propriamente, do Detran, seguirá usando os radares móveis nas rodovias estaduais".

O Detran garante, ainda, que nas rodovias da região a fiscalização será ampliada. "Essa é a nossa posição e do governo estadual. Mas também temos consciência de que algumas coisas podem mudar, especialmente se o Presidente da República mudar algo por meio da legislação, como, por exemplo, o limite de velocidade nas rodovias. Aqui na nossa região, a RS-239 pode passar por alguma adequação. Da mesma forma que a lei pode ser mudada, garantindo que nenhum motorista perderá a sua Carteira Nacional de Habilitação por trafegar a mais de 80 km/h", finalizou. 

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Infratores sem limites

O diretor do Detran, acrescenta que a nova decisão fará com que a polícia não consiga mais colocar limites naqueles que andam em alta velocidade. "Sem instrumentos, consequentemente, não se poderá fazer nada." Enio Bacci acredita que em cima da decisão do presidente Jair Bolsonaro, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) deverão encontrar uma solução intermediária. Para ele, o Congresso e o Judiciário também podem intervir. "O Rio Grande do Sul, por meio do governador Eduardo Leite, e, propriamente, do Detran, seguirá usando os radares móveis nas rodovias estaduais". O Detran garante, ainda, que nas rodovias da região a fiscalização será ampliada. "Essa é a nossa posição e do governo estadual. Mas também temos consciência de que algumas coisas podem mudar, especialmente se o presidente da República mudar algo por meio da legislação, como, por exemplo, o limite de velocidade nas rodovias. Aqui na nossa região, a RS-239 pode passar por alguma adequação. Da mesma forma que a lei pode ser mudada, garantindo que nenhum motorista perderá a sua Carteira Nacional de Habilitação por trafegar a mais de 80 km/h."

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