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Notícias | Rio Grande do Sul Em Bagé

Família de idosa velada viva denuncia hospital à Polícia

Filha disse que, durante o velório, a pressão de Rosaura Vaz, de 80 anos, estaria em 12/7

Publicado em: 21.08.2019 às 11:37 Última atualização: 21.08.2019 às 11:48

Os familiares de uma idosa velada viva em Bagé, nesta terça-feira (20), denunciaram o hospital à Polícia Civil. O caso inusitado aconteceu depois que um médico da Santa Casa de Caridade atestou a morte de Rosaura Vaz, de 80 anos. Encaminhada para o velório e sepultamento no Cemitério José de Arimateia, a família suspeitou, oito horas depois do atestado, que a mulher estivesse viva em função da temperatura do corpo e dos sinais vitais. As informações são do Jornal Minuano.

O boletim de ocorrência feito na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) da cidade denuncia o médico por falso atestado de morte. O documento diz que a idosa foi internada na sexta-feira, devido a complicações de diabete e com convulsões. Ao jornal, a nora de Rousara, Raquel Rodrigues Chaves, disse que ela teve um agravamento e, numa tomografia, foi constatado que ela estaria com um cisto. Raquel afirma que no fim de semana “ela estava lúcida, na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Inclusive o médico dela afirmou que ela iria sair dali para casa, pois estava melhorando”.

Apesar disso, na noite de terça-feira, o médico ligou para familiares e disse que ela teria sofrido uma parada respiratória, mas que não havia necessidade de comparecer no hospital. Cerca de cinco minutos depois, o médico voltou a contatá-los e pediu que a família retornasse para o hospital, pois o estado dela havia se agravado. A morte foi atestada por volta da meia-noite.

Família estranhou 

Segundo a nora, a família estranhou a temperatura e a cor da pele da idosa durante o velório. A filha da vítima tinha equipamento e verificou que a pressão de Rosaura era 12/7, com 50 batimentos cardíacos. “Entramos em contato com o médico, mas não fomos atendidas. Telefonamos para a Santa Casa de Caridade de Bagé e informaram que o médico iria ir até o velório, o que aconteceu cerca de 40 minutos após. Ao realizar o exame, o médico ainda disse não perceber os batimentos cardíacos, mas que a vítima apresentava cor e temperatura normais e que a pupila não estava dilatada, como na Unidade de Tratamento Intensivo”, contou.

Cerca de 1 hora depois, a idosa foi levada por uma ambulância e, na chegada aos hospital, teria definitivamente morrido. O corpo da idosa deve passar por avaliação do Departamento Médico Legal. O caso será investigado pela Polícia Civil.

O que diz o hospital

Segundo o Minuano, o médico citado no boletim de ocorrência como responsável pelo atestado não atendeu os contatos do jornal. Já a Santa Casa de Caridade de Bagé se pronunciou por meio do administrador Alexandre Andara, que informou que a posição da instituição é que lamenta muito o fato ocorrido, mas que, ao atestar a morte da vítima, o médico procedeu corretamente.

Sobre o envio da ambulância, Andara diz que “a família veio junto no momento que retornaram com a vítima, uma equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, técnicos e o administrativo estavam no momento e realmente a idosa já estava morta, atestando o óbito”.

Sobre a pressão arterial, ele mencionou que a pessoa que aferiu a pressão não era uma pessoa da área da saúde. Conforme ele, há casos em que o corpo ainda tem espasmos e até fica com temperatura durante um determinado período, segundo o jornal.

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