Marciele Renata dos Santos Alves, de 28 anos, trabalhava no Pelotão de Operações Especiais (POE) de Santa Cruz do Sul. Uma policial extremamente comprometida e apaixonada pela profissão. Essa é a imagem que a soldado da Brigada Militar vai deixar para os colegas de farda, informaram ao Jornal NH dois oficiais da corporação em Santa Cruz do Sul nesta noite de segunda-feira (25).
Marciele foi morta no fim da tarde em um cerco montado no município de Sério, no Vale do Taquari, para tentar prender criminosos que, horas antes, roubaram duas picapes em Venâncio Aires, no Vale do Rio Pardo. Ela foi atropelada por um dos veículos roubados e chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. Houve troca de tiros e três assaltantes foram mortos.
A policial era natural de Cachoeira do Sul e estava lotada no Pelotão de Operações Especiais (POE) de Santa Cruz do Sul. De serviço na tarde desta segunda, integrou a força-tarefa envolvida na perseguição aos assaltantes que agiram em Venâncio. "Levou ao limite seu juramento, colocando a própria vida em risco para proteger a sociedade", declarou o governador Eduardo Leite ao lamentar a quinta morte de policial militar em serviço neste ano.
Filha de um sargento aposentado da BM, desde jovem Marciele sonhava ingressar na corporação. Conseguiu em 2012, para orgulho da família. O curso de formação foi em Lajeado, segundo o comandante da região, coronel André Savian Giuliani. Lotada em Santa Cruz, cursou Fisioterapia na Unisc. A formatura foi há dois anos e atualmente a policial fazia uma pós-graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) na mesma área. "Lamentamos muito a morte de uma jovem e exemplar policial", disse o comandante da BM no Vale do Rio Pardo, coronel Valmir José dos Reis.