Após pressão da base aliada e dos professores estaduais, o governo do Estado fez concessões ao projeto para mudança no plano de carreira do Magistério gaúcho. Na comparação com o texto original encaminhado à Assembleia Legislativa, o Piratini propõe aumento de 19,8% acumulado nos próximos três anos (2020, 2021 e 2022). Outro ponto é o retorno para seis níveis de progressão, já que na primeira proposta eram apenas cinco. Por fim, também está firmado compromisso para realização de novo concurso para o cargo de professor.
Entre as justificativas do Executivo para propor as adequações na legislação vigente para os educadores está no fato de que, atualmente, 88% do orçamento da Educação vai para folha de pagamento. Além disso, a maior fatia é para os inativos que, na composição geral dos servidores, totalizam 61% dos vínculos. O Cpers não aceita as adequações e pede a retirada do projeto. A categoria está em greve desde o dia 18 de novembro.
A matéria pode ir a votação partir desta terça-feira (17). Apesar disso, a apreciação ainda é incerta, pois existem focos de insatisfação dentro da base aliada do governo na AL-RS. Além deste projeto, mais seis podem ser votados ao longo desta semana.
Já a proposta de emenda à constituição (PEC) do Estado, que fecha as oito propostas do pacote de Leite, será analisada apenas no final de janeiro.