A cada semana, o levantamento feito pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) mostra que as demissões nas fábricas do País estão crescendo em função da crise causada pela pandemia da Covid-19. Somente nas fábricas gaúchas, os desligamentos, conforme a última atualização semanal da pesquisa realizada pela entidade com seus associados, cresceram de 3 mil para 4,7 mil. Com esses números, o Rio Grande do Sul é o Estado verde-amarelo com a maior quantidade de demissões desde o início dos monitoramentos e da criação do comitê de crise da entidade, no final de março deste ano.
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Atrás do Estado que lidera o ranking com 4.784 desligamentos, as fábricas paulistas já demitiram 3.070 profissionais. Em terceiro lugar, aparece Minas Gerais com 2.964 demissões. Se até o início da semana, a entidade tinha 15 mil demissões na pesquisa feita com os associados de todo o Brasil, esse número, agora, subiu para 17 mil.
O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, pontua que o desemprego é a face mais cruel da crise que estamos vivendo. "Recentemente, atualizamos uma estimativa de queda para o primeiro semestre que deve variar entre 25 e 30%. Enquanto o varejo não voltar a vender, a situação é essa. Sem novos pedidos não se tem a razão de produzir", afirma.