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Notícias | Rio Grande do Sul PIB gaúcho

Estiagem faz desempenho no campo ser um dos piores dos últimos anos

Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, agropecuária caiu 14,9% no Estado

Publicado em: 10.06.2020 às 14:52

Devido à estiagem, as culturas mais afetadas no Rio Grande do Sul são milho, fumo, soja e feijão Foto: Defesa Civil/ RS
Um resultado negativo para o Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho – a soma de todas as riquezas –já era esperado, ainda que a data de leitura – janeiro a março deste ano –, não houvesse grandes efeitos da pandemia de coronavírus no Estado. Foi a estiagem que atingiu em cheio a economia do Rio Grande do Sul no primeiro trimestre do ano. Na comparação com o mesmo período do passado, a queda foi de 3,3%, puxada especialmente pela agropecuária que amargou queda de 14,9%. 

Os dados do PIB gaúcho foram divulgados por meio de videoconferência na manhã desta quarta-feira (10). De acordo com o Departamento de Economia e Estatística (DEE), a falta de chuvas afetou de forma decisiva a produção de soja (-27,7%), milho (-19,3%) e fumo (-22,0%), produtos importantes da matriz econômica gaúcha.

"Os impactos da estiagem não se restringem ao primeiro trimestre. Ainda veremos seus efeitos no segundo trimestre do ano", afirma o pesquisador do DEE/Seplag Martinho Lazzari.


Culturas que deram certo

O desempenho negativo da agropecuária no Rio Grande do Sul contrastou com o crescimento na atividade registrado no Brasil, de 1,9%. Apesar do desempenho abaixo do esperado nas principais culturas de verão, algumas registraram desempenho positivo no período no Estado, como é o caso de uva (+12,3%), arroz (+4,4%) e maçã (+4,1%).

Indústria, Serviços e Comércios

Na Indústria, a única atividade com indicador positivo foi a Indústria extrativa mineral (+1,8%). Construção (-3,8%), Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (-18%) e Indústria de transformação (-2,6%) registraram quedas e tiveram desempenho inferior ao do país. Na indústria de transformação, tiveram destaque os desempenhos negativos das atividades de Fabricação de máquinas e equipamentos (-12,8%), Produtos químicos (-9,7%) e de Veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,4%).

Nos Serviços, a queda foi puxada por Comércio (-2,8%) e Outros serviços (-4,0%). As atividades de Transportes, armazenagem e correio (+1,5%), Serviços de informação (+0,9%) e Atividades imobiliárias (+1,3%) registraram alta e atenuaram o recuo geral no setor.

No Comércio, o segmento de Hipermercados e supermercados (+6,8%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (+9,4%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (+1,7%) tiveram desempenho positivo. Quedas foram registradas nas vendas de tecidos, vestuários e calçados (-23,5%), veículos (-14,8%), combustíveis e lubrificantes (-9,1%) e móveis e eletrodomésticos (-13,45).

"Ainda que o impacto da crise decorrente do novo coronavírus venha a ser maior no segundo trimestre, a interrupção das atividades e a mudança de comportamento dos consumidores e empregadores já em março contribuíram para a taxa de -3,3% do primeiro trimestre”, destaca a chefe da Divisão de Indicadores Estruturais do DEE, Vanessa Sulzbach.

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