Após três meses, o Laboratório Central do Estado (Lacen) conseguiu zerar a fila de exames de diagnóstico do novo coronavírus (o Sars-CoV-2, causador da Covid-19). O Lacen começou a fazer os exames em 6 de março e, de lá pra cá, já analisou mais de 15 mil amostras. O laboratório também foi um dos primeiros, fora do eixo Rio-São Paulo, a ter permissão do Ministério da Saúde para fazer a testagem para o novo coronavírus. Antes, todos os casos suspeitos tinham que ser enviados para exame no Rio de Janeiro.
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Atualmente, o Lacen tem capacidade para testar 400 amostras por dia. No início da pandemia, no entanto, esse número era bem menor, não passando de 150 análises diariamente. Sem ter outros laboratórios licenciados no Estado e ainda sem os testes rápidos, o Lacen era o único a emitir laudos para Covid no Rio Grande do Sul. O resultado era dias, até semanas, de espera por uma confirmação ou negativa de contaminação, o que prejudicava o planejamento de saúde púbica dos municípios e do próprio Estado.
O Lacen faz o exame de RT-PCR, que consegue identificar se o vírus está ativo no organizamos da pessoa. É considerado o exame classe ouro no diagnóstico. Para conseguir zerar a fila, entretanto, além de aumentar a capacidade de testagem e ter mais profissionais contratados, o Lacen contou com a ajuda de outros laboratório, ainda que não em parceria.
Com a evolução da pandemia, laboratórios particulares começaram a realizar o exame, assim como laboratórios de universidades, como o da Feevale e da Univattes, por exemplo. O Estado também começou a distribuir testes rápido, após envio do Ministério da Saúde, e parte das pessoas com suspeita fazem este exame e não o RT-PCR. O governo do Estado já distribuiu aos municípios mais de 384 mil testes rápidos para a Covid-19.