Publicidade
Botão de Assistente virtual
Notícias | Rio Grande do Sul Queda nos indicadores

Já sob efeito da pandemia, informalidade atinge 1,8 milhão de gaúchos no primeiro trimestre

Na comparação com o quarto trimestre de 2019, a queda foi de 5,3%, ou seja, 104 mil informais ficaram desempregados ou desistiram de procurar trabalho

Publicado em: 21.07.2020 às 09:33 Última atualização: 21.07.2020 às 09:33

Resultados já mostram os primeiros impactos das restrições impostas pela Covid-19 no Estado Foto: Bianca Dilly/GES-Especial
Dados divulgados nesta terça-feira (21) pelo Governo do RS mostram que a taxa de informalidade no mercado de trabalho chegou a 33% da população ocupada do Estado no primeiro trimestre de 2020, atingindo 1,843 milhão de pessoas. Na comparação com o quarto trimestre de 2019, a queda foi de 5,3%, ou seja, 104 mil pessoas que estavam na informalidade ficaram desempregadas ou desistiram de procurar trabalho no período. Quando levado em conta o primeiro trimestre de 2019, a queda geral ainda se mantém, mas em menor intensidade (-64 mil pessoas).

O levantamento é do Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG). O documento foi elaborado com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua/IBGE) e da Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

De acordo com os pesquisadores Guilherme Xavier Sobrinho e Raul Bastos, os resultados já mostram os primeiros impactos das restrições impostas pela Covid-19 no Estado.

Informalidade

No mercado informal, a categoria dos Trabalhadores por Conta Própria sem Registro no CNPJ, que engloba, por exemplo, atividades como autônomos em geral e do comércio de ambulantes, registrou queda de 52 mil pessoas ocupadas na comparação com o quarto trimestre de 2019, seguida dos Empregados Sem Carteira Assinada, com menos 32 mil pessoas ocupadas na mesma comparação temporal. Por gênero, a queda total entre os homens foi de 5,7% (menos 62 mil pessoas) e das mulheres chegou a 4,9% (menos 42 mil ocupadas).

"Ainda que a redução da taxa de informalidade represente uma mudança modesta na composição da ocupação total do Estado, trata-se de um indício que vai ao encontro da ideia de que os informais estão sendo mais atingidos pela contração da atividade econômica que ocorreu no primeiro trimestre de 2020, causada pela pandemia do coronavírus, uma vez que perderam peso relativo na ocupação total do Rio Grande do Sul", destaca Raul Bastos.

Força de trabalho também teve queda

A queda no número de informais no mercado de trabalho não é o único aspecto que se destaca no trimestre no Estado. A Força de Trabalho (FT) do Rio Grande do Sul, que mostra o número de pessoas empregadas ou em busca de emprego, chegou a 6,083 milhões de pessoas, 86 mil a menos do que no quarto trimestre de 2019, a segunda maior queda entre trimestres consecutivos da série da PNAD Contínua, iniciada em 2012.

O nível de ocupação – que é o percentual de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade de trabalhar – atingiu 58,3% no Estado nos três primeiros meses do ano e também interrompeu a trajetória de recuperação iniciada no terceiro trimestre de 2018. No quarto trimestre de 2019 o percentual atingiu 60%, o que representou uma queda de 149 mil pessoas no contingente de ocupados no Estado.

O boletim mostra ainda que a taxa de desemprego no Rio Grande do Sul no primeiro trimestre de 2020 representou 8,3% da população economicamente ativa, contra 7,1% do quarto trimestre de 2019 e 8% no primeiro trimestre do ano anterior – no Brasil, a taxa chegou a 12,2% no período. Considerando o mercado formal e o informal, 504 mil pessoas estavam desempregadas no primeiro trimestre do ano.

Quanto ao rendimento das pessoas ocupadas, o valor médio mensal permaneceu praticamente estável na comparação com o trimestre anterior (R$ 2.517 contra R$ 2.534).

Gostou desta matéria? Compartilhe!
Encontrou erro? Avise a redação.
Publicidade
Matérias relacionadas

Olá leitor, tudo bem?

Use os ícones abaixo para compartilhar o conteúdo.
Todo o nosso material editorial (textos, fotos, vídeos e artes) está protegido pela legislação brasileira sobre direitos autorais. Não é legal reproduzir o conteúdo em qualquer meio de comunicação, impresso ou eletrônico.