Se depender dos prefeitos gaúchos, as aulas não retornam no dia 31 de agosto, como propôs o Piratini na semana passada. Em reunião promovida nesta quarta-feira (19) pela Federação das Associações dos Municípios do Estado (Famurs) os presidentes das 27 associações consideraram inviável o retorno às atividades presenciais escolares neste momento.
Segundo o presidente da Famurs e prefeito de Taquari, Maneco Hassen, foi agendada uma nova reunião para a próxima terça-feira sobre o assunto, quando talvez seja apresentada uma proposta. "Essa talvez seja a decisão mais difícil e a mais importante desde que começou a pandemia. Nós queremos garantir um retorno seguro", salientou.
O encontro, que teve quase cinco horas de duração, contou ainda com representantes do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Ministério Público (MP) e do governo do Estado.
Conforme um levantamento da entidade divulgado recentemente, 94% dos gestores são contra a proposta do Executivo gaúcho em retomar as aulas presenciais dia 31 de agosto pela educação infantil.
O MP já havia se pronunciado oficialmente sobre o retorno das aulas presenciais na sexta-feira. Segundo a nota, assinada pelas dez Promotorias de Justiça Regionais de Educação e 11 magistrados, a decisão de quando e como retomar as aulas cabe exclusivamente ao governo do Estado. A Promotoria defende a garantia dos cuidados sanitários e o direito das famílias decidirem se os estudantes terão aulas presenciais ou de maneira remota.
Além disso, o Cpers/ Sindicato divulgou dados preliminares sobre uma consulta on-line, onde 86% da comunidade escolar coloca a vacina contra o coronavírus como pré-requisito para o retorno às aulas presenciais.