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Notícias | Rio Grande do Sul Agronegócio

Com os melhores animais presentes, julgamentos na Expointer seguem até próximo domingo

Mais de 1 mil espécimes marcam presença na edição virtual da feira, inclusive da região, demonstrando o que há de melhor entre ovinos, bovinos e equinos

Por Ermilo Drews
Publicado em: 29.09.2020 às 07:00 Última atualização: 29.09.2020 às 08:34

Além de ovinos, equinos de diferentes raças e bovinos de corte e leite participam de julgamentos e provas de desempenho Foto: Inézio Machado/GES
Rogério Paiva, 69 anos, começou a levar animais para participar de concursos da Expointer em meados da década de 1980, incentivado pelo pai Dorico Ferreira Paiva. De lá para cá, não parou nunca mais de ostentar a genética de primeira das espécimes de gado holandês que cria em Taquara, no Vale do Paranhana, à beira da RS-239. “Desde lá importamos sêmen, trabalhamos no melhoramento genético. Nem sempre ganhamos, mas sempre estamos juntos dos melhores”, fala, com orgulho, Paiva.
As competições envolvendo o gado holandês devem reunir ao menos 50 animais em pista, de acordo com a Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando). Haverá premiações para os vencedores do concurso leiteiro, que prevê cinco ordenhas em dois dias, e para diferentes categorias relacionadas à morfologia do animal - Machos, Jovens, Campeonato Jovem, Vacas, Conjuntos e Grande Campeonato. “Vou levar duas novilhas e duas vacas para participar da competição que vai avaliar a morfologia do animal”, conta Paiva.

O criador de Taquara será um das centenas que vão estar na Expointer apresentando mais de 1 mil animais, as verdadeiras estrelas da Expointer, entre ovinos, bovinos e equinos de 18 raças. Além da exposição, muitos participarão de provas e julgamentos. O Desfile dos Campeões ocorrerá na próxima sexta-feira, dia 2, sem a presença do público.

Para Paiva, expor um animal na Expointer é sinônimo de reconhecimento. “Sou apaixonado por exposição e, obviamente, pela Expointer. É uma demonstração do trabalho da gente. Quando se ganha, se tem um bom desempenho, é uma valorização do nosso esforço”, observa. Mas não é apenas por reconhecimento que Paiva vai até Esteio. “Há muita troca de conhecimento. A gente aprende e ensina também. Isso é fundamental”, admite.

Conhecimento que gera resultado. “Nossa produção já chegou a 1,5 mil litros por dia. Como estou com 69 anos, pisei um pouco no freio e hoje tenho 15 vacas em lactação que produzem 500 litros por dia, algumas produzem acima de 60 litros diariamente”, conta Paiva. Produtividade que o criador credita ao investimento em boa alimentação e na genética dos animais. “Importamos sêmen há décadas, trabalhamos na nutrição do animal. Isso ajuda a nos manter competitivos no mercado. Antigamente, os laticínios compravam 60 litros aqui, 50 litros do vizinho, mas o custo do frete não compensa mais, então, eles estão comprando de menos produtores, mas mais produtivos”, ensina.

A exposição de animais é realizada pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) e várias entidades, entre elas a Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), e a Organização das Cooperativas­ do Estado do RS (Ocergs).

Os ovinos serão avaliados até quinta-feira, dia 1°. Os bovinos de corte e de leite serão analisados pelos juízes na sexta, dia 2. As provas dos equinos começaram antes mesmo da feira, no dia 25, e vão até domingo, dia 4.

Diferentes raças

No total, 1.017 animais participam desta edição. São 230 ovinos das raças Texel, Poll Dorset, Suffolk, Naturalmente Coloridos, Merino Australiano, Corriedale, Crioula e Dorper; 26 bovinos de corte das raças Charolês, Devon, Simental e Simbrasil; 74 bovinos de leite da raça Holandês; 687 equinos das raças Quarto de Milha, Árabe e Crioula.

Troca de conhecimento e bons negócios

A exposição de animais visa expor e comercializar reprodutores das diferentes espécies; proporcionar aos criadores o conhecimento do grau de desenvolvimento da produção animal; apresentar a produtores e industriais o que vem sendo realizado no setor do agronegócio; demonstrar os resultados do emprego de novas tecnologias, visando ao aprimoramento dos rebanhos; e estabelecer maior intercâmbio entre os meios criatórios, produtivos e industriais, além da troca de experiências.

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