Clube São José, de Porto Alegre, publica nota apelando por justiça no caso de João Alberto

O Esporte Clube São José, de Porto Alegre, publicou nota nas redes sociais na manhã desta sexta-feira (20) apelando por justiça no caso de João Alberto Silveira de Freitas, 40 anos. Beto, como era conhecido, era torcedor do Zequinha e participava de torcida organizada do time. Ele foi espancado até a morte por dois seguranças brancos na noite da última quinta-feira (19), no supermercado Carrefour do bairro Passo d'Areia, na Capital.

Além do clube, a torcida organizada Os Farrapos também lamentou o homicídio, momentos após o ocorrido. “Beto eterno. Na noite de hoje, Beto foi brutalmente espancado e assassinado por 2 seguranças do Carrefour Passo D'areia. Há relatos que os seguranças bateram a cabeça dele no chão por diversas vezes e Beto clamava por socorro. Pedia para respirar pois estavam trancando a respiração dele com os joelhos nas costas, bem na parte dos pulmões. Infelizmente, não resistiu à parada respiratória e acabou falecendo”, escreveu. A postagem já tem mais de 800 compartilhamentos e cem comentários, com usuários enviando mensagens de solidariedade aos familiares e amigos de João Alberto.

BETO ETERNO ????????????????????????????

Na noite de hoje, Beto foi brutalmente espancado e assassinado por 2 seguranças do Carrefour, há relatos que os seguranças bateram a cabeça dele no chão por diversas vezes. pic.twitter.com/OSJZXsXVrU

— Os Farrapos São José (@Osfarrapos1913) November 20, 2020

Confira a nota do Zequinha na íntegra:

“Neste Dia da Consciência Negra, nossa reflexão é um apelo por justiça. Na noite desta quinta (19), nosso torcedor, João Alberto Silveira Freitas, negro, foi morto espancado por seguranças de um hipermercado na zona norte de Porto Alegre. Mais um caso de violência que escancara a desigualdade de direitos que permeia o dia a dia da sociedade.

Seja no futebol ou fora dele, o preconceito estrutural está presente, como uma chaga que não cura. Quando se fala em consciência, o que se pede é respeito a cada um, com seus valores e vivências.

Chega de preconceito. Chega de desigualdade de direitos. Chega de desigualdade de oportunidades pela cor da pele. Chega de violência!”