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Por 31 votos a 19: Assembleia aprova reforma da previdência dos militares

Foram aprovadas ainda seis matérias na sessão extraordinária deliberativa virtual da tarde desta terça-feira (9)

Publicado em: 09.03.2021 às 21:48 Última atualização: 09.03.2021 às 21:49

Presidente da Casa, Gabriel Souza, conduziu a sessão na Assembleia Legislativa Foto: Joel Vargas / ALRS
A Assembleia Legislativa aprovou seis matérias na sessão extraordinária deliberativa virtual da tarde desta terça-feira (9). Todas elas são de autoria do Poder Executivo e já trancavam a pauta de votações do Parlamento gaúcho. Por 31 votos a 19, os deputados aprovaram o PLC 13/2021, que dispõe sobre o Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores Militares do Rio Grande do Sul e institui o Fundo Previdenciário dos Servidores Militares (FUNDOPREV/MILITAR). As bancadas do PT e do PSOL tentaram, por meio de uma emenda, isentar de contribuição previdenciária os servidores civis e militares que ganham até o teto do Regime Geral de Previdência Social, fixado hoje em R$ 6.433,57. A iniciativa, no entanto, não prosperou em virtude da aprovação de um requerimento de preferência, apresentado pelo líder do governo, Frederico Antunes (PP), para votação do texto do projeto do Executivo.

A deputada Luciana Genro (PSOL) classificou a proposta de confisco. Parlamentares ligados à Brigada Militar também condenaram o projeto. O deputado Capitão Mecedo (PSL) disse que a reforma atingiu “o coração da família brigadiana” e alertou que sua aprovação gerará milhares de ações judiciais. Já o Tenente-coronel Zucco (PSL) sustentou a necessidade de a matéria passar pelas comissões permanentes da Casa para aprofundar o debate sobre aspectos que ainda suscitam dúvidas.

Concessão de rodovias
Por 42 votos a 9, foi aprovado o PL 250/2020, autorizando a concessão de serviços de exploração das rodovias e infraestrutura de transportes terrestre. Os deputados aprovaram ainda emenda da liderança do governo, determinando que, no julgamento das propostas, vencerá a que oferecer o menor valor de tarifa ou o menor valor de outorga.

Os parlamentares deram aval também ao PL 248/2020, que altera a Lei 8.109, de 19 de dezembro de 1985, que dispõe sobre a Taxa de Serviços Diversos. A proposta prevê a emissão de carteiras de identidade expressas, confeccionadas e entregues logo após a solicitação, e ainda a possibilidade de entrega do documento a domicílio, mediante o pagamento de uma taxa. A bancada do PT apresentou uma emenda, que não chegou a ser votada, estabelecendo isenção da cobrança para pessoas impossibilitadas de se locomover e que integrem o Cadastro Único de Assistência Social.

Recuperação Fiscal
O último projeto apreciado na tarde de hoje foi o PLC 12/2021, que dispõe sobre o Regime de Recuperação Fiscal do Rio Grande do Sul. Na prática, a proposta, aprovada por 37 votos a 14, permite a adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal da União.

Contrária ao projeto, oposição argumentou que as regras impostas pelo governo federal são draconianas e que levarão ao desfinanciamento de áreas essenciais, como saúde, educação e segurança. Integrantes da base governista, entretanto, consideram que a adesão permitirá a recuperação das finanças públicas a médio e longo prazos. “É uma luz no fim do túnel para que o Estado possa voltar a atuar como indutor do desenvolvimento econômico”, salientou Vilmar Zanchin (MDB).

O líder do governo alertou que a liminar que suspende o pagamento da dívida com a União pode cair e que o Rio Grande do Sul deve equacionar sua situação até o final de 2021. Para Frederico Antunes, o projeto aprovado representa “o que é possível fazer no momento atual” para equilibrar as finanças públicas.

Veto
Por 52 votos a zero, os deputados mantiveram o veto parcial ao Projeto de Lei 246/2020, do Poder Executivo, que institui o Código de Boas Práticas Tributárias no Rio Grande do Sul, cria o Conselho de Boas Práticas Tributárias, autoriza a criação das Câmaras Técnicas Setoriais e institui o Programa de Estímulo à Conformidade Tributária. O veto, que diz respeito a uma emenda apresentada pelo deputado Luiz Fernando Mainardi (PT), foi motivado por questões redacionais.

Foi aprovado por unanimidade ainda o PL 251/2020 que trata da responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira.


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