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Notícias | Rio Grande do Sul Entenda

Se regiões já têm média de bandeira vermelha, por que seguem na preta?

Plano de Distanciamento Controlado prevê regra de salvaguarda quando hospitais estão lotados, o que é o caso

Publicado em: 02.04.2021 às 18:50 Última atualização: 02.04.2021 às 20:26

Plano de Distanciamento Controlado prevê regra de salvaguarda quando hospitais estão lotados, o que é o caso Foto: Lu Freitas/PMNH
Confirmando as expectativas, o governo do Rio Grande do Sul informou nesta Sexta-feira Santa (2) que o Estado terá mais uma semana (a sexta) sob bandeira preta. É a fase do Plano de Distanciamento Controlado que indica risco altíssimo de transmissão da Covid-19 e, por isso, restrições precisam ser impostas. A cogestão com as prefeituras seguem valendo e regras um pouco mais flexíveis estão valendo de segunda a sexta-feira. A exceção é este sábado, véspera da Páscoa, em que comércio e restaurantes poderão abrir até o fim da tarde.

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Média ponderada das regiões Covid nas últimas cinco semanas Foto: Reprodução

No entanto, o detalhamento dos 11 itens avaliados em cada uma das 21 regiões do Plano de Distanciamento Controlado revela que todas já alcançaram médias de bandeira vermelha. A regra diz que médias de 0 a 0,50 colocam a região em bandeira amarela; de 0,51 a 1,50 colocam a região em bandeira laranja; de 1,51 a 2,50 em bandeira vermelha e, acima disso, em bandeira preta. Mas na atualização mais recente, todas as regiões estão com média abaixo de 2,45, ou seja, em condições numéricas de estarem em bandeira vermelha. Por que, então, seguem na bandeira preta?

O Plano de Distanciamento Controlado entrará, a partir de 6 de abril, em sua 48ª semana de vigência no Estado. E prevê uma regra de salvaguarda, como é chamada pelos técnicos do Estado. São dois indicadores específicos: o número de hospitalizações confirmadas por Covid-19 nos últimos sete dias e a relação entre leitos de UTI livres e ocupados por pacientes com o vírus. Se a razão for igual ou inferior a 0,35, a bandeira preta se sobrepõe. É o caso há duas semanas. Na prática, é a situação de superlotação dos hospitais que mantém todo o Rio Grande do Sul em bandeira preta. No fim da tarde desta sexta-feira a taxa de ocupação de leitos de UTI estava em 98,1% e a razão da salvaguarda estava em 0,06 (distante, portanto, dos 0,35).

Na semana que está chegando ao fim houve redução de 5% no número de hospitalizações em todo o Estado. Foram 2.650 registros ante os 2.796 de duas semanas atrás. Mas ainda é considerado alto. As regiões de Bagé, Pelotas, Santo Ângelo e Capão da Canoa tiveram aumento entre 103% e 13% no período. O número de internados em UTI por síndrome respiratória aguda grave caiu 4% na última quinta-feira (1º) em relação a duas semanas, mas mantêm-se em patamar elevado de 2.628 casos.


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