O Rio Grande do Sul deve deixar a bandeira preta e entrar todo em vermelha nas próximas horas. A mudança repentina na regra vai ocorrer após tentativa do Palácio Piratini de permitir a retomada das aulas presenciais, barradas por decisão da Justiça. Para conseguir abrandar os protocolos, o governador Eduardo Leite precisou desistir de um mecanismo criado justamente para endurecer as regras em um momento de muitas internações por conta da Covid-19: a chamada salvaguarda.
Neste ano, o pior índice foi registrado em 15 de março, no pico desta onda mais recente no Estado. Naquela data, o indicador chegou a -0,12 e o sistema hospitalar estava em colapso, com falta de ao menos 323 leitos de UTI. Já em 2020, ainda antes da criação do mecanismo e quando o Estado tinha fôlego nas UTIs, o índice chegou a se aproximar do limite de 0,35 em 9 de dezembro, quando bateu em 0,44.
Com as medidas de controle adotadas na bandeira preta e com o aumento da vacinação no Estado, o índice vem melhorando, mas ainda não havia chegado aos 0,35. Por isso, o governo decidiu por retirá-lo.
"Após análises do grupo técnico e estudos, nós concluímos por ajustar a salvaguarda da bandeira preta no Estado. Ela vai continuar existindo, mas ela vai passara a ser acionada apenas quando a ocupação de leitos com pacientes confirmados para o coronavírus estiver em um ciclo de piora em 14 dias, sendo desativada quando se observar um ciclo de pelo menos 14 dias de redução da ocupação de leitos de UTI por pacientes confirmados para o coronavírus. E aí sim que o indicador do 0,35 vai se aplicar ou não", explicou Leite em vídeo publicado no início da tarde.
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