Deputado federal gaúcho anuncia que vai deixar a vida pública; entenda o motivo
Político do Progressistas diz, em nota, que deverá voltar à advocacia empresarial
Um nome de peso do Progressistas no Rio Grande do Sul está saindo da cena política. Ex-presidente estadual do partido, o deputado federal de terceiro mandato Jerônimo Goergen, 45 anos, anunciou nesta quinta-feira (23) que não concorrerá em 2022. "Chegou o momento de encerrar meu ciclo na vida pública. Depois de dois mandatos de deputado estadual e três como deputado federal, decidi que não serei candidato nas próximas eleições. Nesse piscar de olhos se foram 20 anos", escreveu.
Na nota, o deputado diz que a decisão foi "tranquila e madura", construída com a família, amigos e colegas de trabalho. Frisou que, no seu entendimento, o ideal seriam dois mandatos como deputado estadual e dois como federal. "Acabei indo a um terceiro e o quarto seria contradição demais para quem tem a convicção de que a permanência por muito tempo nos mesmos cargos é ruim para a sociedade", ponderou, revelando que seu plano era concorrer ao Senado. "Mas se isso não foi possível, é preciso fazer a autocrítica e seguir em frente por outros caminhos", citou o deputado, que é natural de Palmeira das Missões.
A candidatura de Goergen ao Senado se inviabiliza justamente a partir da pré-candidatura do senador Luis Carlos Heinze a governador do Rio Grande do Sul no ano que vem. Com Heinze na cabeça de chapa, é certo que o Progressistas precisará oferecer o posto de candidato preferencial ao Senado a algum partido aliado. Não está claro ainda com quem o PP deve se coligar em 2022. As definições no tabuleiro político dependem, neste momento, da confirmação ou não da candidatura de Eduardo Leite (PSDB) a presidente da República.
Advogado de formação, Jerônimo Goergen diz que tem pós-graduação em Direito Empresarial e este é seu "caminho natural". "Ao longo dessa caminhada, tive o privilégio de conviver e aprender muito com homens e mulheres de negócio. Pequenos, médios e grandes empreendedores que, mesmo com todas as dificuldades impostas pelo Estado, jamais desistem do seu País. É neles que irei buscar inspiração para este novo ciclo de vida que se abrirá oficialmente a partir de fevereiro de 2023", acrescentou.