O forte temporal que atingiu o Rio Grande do Sul na quinta-feira (25) causou uma série de estragos na Região Metropolitana de Porto Alegre. O mau tempo, com vento forte, provocou queda de árvores e deixou casas destalhadas e famílias desalojadas. Na manhã desta sexta (26), mais de 200 mil pontos estavam sem energia elétrica no Estado.
Em Montenegro, por conta do mau tempo, 80 moradias foram destelhadas e 20 famílias precisaram passar a noite em casas de parentes. A cidade decretou situação de emergência. Em Três Coroas, desde ontem, bombeiros voluntários trabalham no suporte a moradores que tiveram casas destelhadas e na retirada de árvores que atrapalhavam o trânsito em rodovias e áreas centrais da cidade. Pelo menos cinco casas tiveram algum prejuízo.
Em São Leopoldo, conforme a Defesa Civil do município, oito residências foram atingidas e 21 árvores caíram. Os moradores afetados receberam lonas. Houve ainda pontos de alagamento em São Leopoldo, devido ao grande volume de chuva em um curto período de tempo.
Em Novo Hamburgo, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil atenderam 15 ocorrências envolvendo árvores caídas. Foram registrados estragos na Rua Irineu José Nunes, no Boa Saúde, na Rua Campo Bom, no bairro Canudos, na Avenida Primeiro de Março, no Pátria Nova, e na Rua Espinilho, no Guarani.
Segundo a Prefeitura, durante a madrugada, o bairro Santo Afonso teve três ruas (Eldorado, da Divisa e Floresta) com grande acúmulo de água, mas sem atingir residências. Pela manhã, a água já havia baixado bastante nesses pontos, conforme a Defesa Civil. A Prefeitura informa ainda que monitora o acúmulo de água em estradas do bairro rural de Lomba Grande.
Em Campo Bom, houve queda de árvore e destelhamento parcial de duas casas. Segundo a Defesa Civil da cidade, os moradores não chegaram a ficar desalojados. Em Sapucaia do Sul, árvores caíram no Parque Zoológico, e o local foi fechado para visitação nesta sexta-feira.
O temporal que atingiu Canoas ontem à tarde segue mobilizando as equipes da Prefeitura, do Corpo de Bombeiros e da RGE nesta sexta. Muitos bairros seguem sem luz, e há ainda várias árvores caídas pelas ruas, além de sinaleiras desligadas.
Um balanço parcial da Defesa Civil de Canoas aponta 100 atendimentos feitos somente ontem, desde o início do vendaval, por volta das 16h30. Foram 64 árvores caídas e 30 casas destelhadas.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Canoas, Igor Sousa, os bairros com maior número de ocorrências foram o Guajuviras e o Olaria.
"Esperávamos ventos de, no máximo, 85 km/h, o que já é muito forte. Mas 109 km/h é algo totalmente fora do padrão", destaca Sousa. Foram 20 minutos de vendaval e uma hora de chuva forte. Nesse período, choveu cerca de 30% da média do mês (104 mm).
O vendaval também assustou funcionários das Lojas Lebes de Cachoeirinha. Ainda no fim da tarde de quinta-feira, o teto do estabelecimento comercial acabou desabando. Foi por volta das 16h45, já no fim do expediente. No momento do desabamento, não havia nenhum cliente na loja. Nenhum funcionário ficou ferido.
Na manhã desta sexta-feira, a Defesa Civil Estadual informou que recebeu relatos de estragos de três prefeituras:
Um dos principais problemas que ainda afeta a população na manhã desta sexta-feira (26) é a falta de energia elétrica. No Rio Grande do Sul, 202 mil pontos nas áreas de concessão da RGE (117 mil) e CEEE Equatorial (85 mil) estavam sem luz no começo da manhã.