O reajuste nas refinarias de 24,9% no preço do óleo diesel, que entrou em vigor nesta sexta-feira (11), causou reações na população e em entidades. A Associação Rio-Grandense de Transporte Intermunicipal (RTI) alerta para a possibilidade de colapso e paralisação do sistema rodoviário intermunicipal de passageiros no longo curso.
“A alta se soma a índices inflacionários incidentes sobre o custo de mão de obra (motoristas, mecânicos, dentre outros), manutenção da frota (pneus, câmaras, lubrificantes, peças e acessórios) e depreciação/renovação de veículos (chassis e carrocerias)”, explica a nota.
Segundo a RTI, por conta desses reajustes o setor não sobreviverá com a política de gratuidade “que na prática, apenas onera o passageiro pagante”. A entidade ainda enfatiza que a pandemia de Covid-19 - sob tudo, as regras de distanciamento e isolamento social - contribuíram para o desestímulo ao transporte público. “O sistema de transporte rodoviário intermunicipal de passageiros no longo curso entra(rá) em colapso, desassistindo-se a população. A habitualidade e continuidade de linhas interior-capital-interior se comprometerão. Não haverá mais certeza de transporte ao indivíduo que o necessita(rá)”, afirma a associação.
“É imprescindível que o Poder Público e a sociedade tomem ciência da urgência de auxílio ao setor de transporte rodoviário intermunicipal de passageiros no longo curso”, finaliza a nota. Além do óleo diesel, teve aumento de 18,7% da gasolina e 16% do gás de cozinha nas refinarias. A elevação dos preços já sentida no bolso do consumidor, que viu diferença nos postos de combustíveis já nesta sexta-feira.
Leia a nota na íntegra
A Associação Rio-Grandense de Transporte Intermunicipal – RTI vem a público advertir a todos sobre a possibilidade de colapso e paralisação do sistema de transporte rodoviário intermunicipal de passageiros no longo curso.
A última elevação do preço do óleo diesel em 25%, somado ao acréscimo de 44% que já vinha sofrendo no último ano, segundo dados da ANP, elevaram excessivamente o custo operacional das empresas de transporte intermunicipal de passageiros. O diesel é o principal insumo do transporte e representa
mais de 40% do seu custo operacional. A alta se soma a índices inflacionários incidentes sobre o custo de mão de obra (motoristas, mecânicos, dentre outros), manutenção da frota (pneus, câmaras, lubrificantes, peças e acessórios) e depreciação/renovação de veículos (chassis e carrocerias).
O setor não mais sobreviverá com política de gratuidade que, na prática, apenas onera o passageiro pagante.
A COVID-19 e as severas regras de distanciamento e isolamento social contribuíram para o desestímulo ao transporte público. O efeito prático foi a queda mais aguda na demanda e o comprometimento do equilíbrio econômicofinanceiro dos contratos.
O sistema de transporte rodoviário intermunicipal de passageiros no longo curso entra(rá) em colapso, desassistindo-se a população. A habitualidade e continuidade de linhas interior-capital-interior se comprometerão. Não haverá mais certeza de transporte ao indivíduo que o necessita(rá).
É imprescindível que o Poder Público e a sociedade tomem ciência da urgência de auxílio ao setor de transporte rodoviário intermunicipal de passageiros no longo curso.