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Estruturas para diminuir atropelamento de animais começam a ser instaladas na RS-040

Objetivo da iniciativa é aumentar a segurança da rodovia e proteger especialmente o bugio-ruivo, que está em extinção

Por Redação
Publicado em: 20.10.2022 às 21:40 Última atualização: 21.10.2022 às 07:07

Começaram as medidas para reduzir atropelamentos de animais, especialmente do bugio-ruivo, na RS-040. Ao todo, serão instalados 21 passadores aéreos em seis zonas críticas da rodovia para facilitar a travessia segura de animais adaptados a viver em árvores.

Conforme a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) as estruturas são específicas para animais que se deslocam pelas copas das árvores, diminuindo o deslocamento necessário para que os bichos encontrem uma oportunidade segura de cruzamento entre os dois lados da rodovia.

Estruturas para diminuir atropelamento de animais começam a ser instaladas na RS-040
Estruturas para diminuir atropelamento de animais começam a ser instaladas na RS-040 Foto: Edivan Rosa/Especial

O bugio-ruivo, frequentemente encontrado no entorno da rodovia, está ameaçado de extinção e, dessa forma, é protegido por lei. Além dele, ouriços, gambás, roedores e marsupiais de pequeno porte podem ser beneficiados.

Segundo a EGR, os pontos foram definidos a partir de estudos realizados por especialistas em fauna que consideraram os registros de mortes de animais, o número de carcaças localizadas ao longo da rodovia pelas equipes de conservação e manutenção, o mapeamento da vegetação florestal e, por fim, a identificação da provável ocorrência do bugio-ruivo nos ambientes marginais da estrada. Usuários e moradores participaram do levantamento. Os locais foram previamente vistoriados.

A equipe do Núcleo de Ecologia de Rodovias e Ferrovias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Nerf), que atua em conjunto com a STE - Serviços Técnicos de Engenharia na execução do Programa de Proteção e Monitoramento de Fauna da EGR, esclarece que a utilização do mesmo tipo de estrutura em outros locais do Estado foi um sucesso até mesmo em áreas mais urbanizadas, como as pontes de corda instaladas no bairro Lami, em Porto Alegre.

A empresa explica ainda que, como se trata de uma nova implantação, a utilização das estruturas pelos animais não é imediata, visto que há uma fase de reconhecimento e adaptação. Todo o processo continuará sendo acompanhado pela equipe especializada e servirá como base para a atualização dos dados e estudos.

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