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Notícias | Rio Grande do Sul ESTRATÉGIA

Gabinete de Crise do Estado atuará em cidades com manifestações em quartéis das Forças Armadas

Com poucas manifestações em estradas, foco fica nas 13 cidades com manifestações que pedem intervenção militar

Por Eduardo Amaral
Publicado em: 03.11.2022 às 21:09 Última atualização: 04.11.2022 às 12:33

Após reunião realizada no final da tarde desta quinta-feira (02) o Gabinete de Crise do Rio Grande do Sul que monitora os protestos anti democráticos decidiu mudar o foco. Ao invés de monitorar as rodovias que, de acordo com a Brigada Militar (BM) não estão mais bloqueadas, a atenção estará voltada às cidades com manifestações próximas a prédios das Forças Armadas. Atualmente, 13 cidades tem protestos contra o resultado das eleições em frente aos quartéis: São Leopoldo, Nova Santa Rita, Bento Gonçalves, Porto Alegre, Pelotas, Cachoeira do Sul, Santa Cruz do Sul, Santana do Livramento, Alegrete, Santa Maria, Uruguaiana, Rio Grande e Bagé.

Reunião aconteceu na tarde desta quinta-feira (03)
Reunião aconteceu na tarde desta quinta-feira (03) Foto: Nabor Goulart/Secom


O encontro foi comandado pelo governador Ranolfo Vieira Júnior (PSDB) e contou com a participação de representantes da Secretaria da Segurança Pública (SSP) e suas vinculadas; Secretaria de Logística e Transportes (Selt); Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer); Procuradoria-Geral do Estado (PGE); Casa Civil; Secretaria de Comunicação (Secom-RS) e Defesa Civil Estadual, órgãos que integram o gabinete de crise.

Em sua conta no Twitter, o governador Ranolfo Vieira Júnior fez um balanço positivo das ações até o momento. “Não há bloqueios significativos nas estradas ou ocorrências policiais que envolvam manifestações políticas em andamento.O RS foi exemplar para garantir o direito de ir e vir das pessoas. De 31/10 até hoje, as forças de segurança atuaram em mais de 50 bloqueios totais e 220 parciais nas estradas gaúchas. Isso só foi possível porque houve integração entre órgãos e entidades do Gabinete de Crise.”

O governador também lembrou os casos de agressões. “Também registramos 35 ocorrências de menor vulto em manifestações. Além da agressão a profissionais da imprensa – tema que já me manifestei e repudio (sic). O Gabinete de Crise seguirá monitorando possíveis atos para garantir que a lei e a ordem sejam respeitadas.”  Na reunião, foi citada a agressão que a equipe de reportagem da TV Bandeirantes sofreu na quarta-feira (2) enquanto fazia a cobertura jornalística de manifestações no Centro de Porto Alegre. O agressor foi preso em flagrante pela Brigada Militar por lesão corporal. A Polícia Civil investiga outros casos de agressão ou hostilidade a profissionais da Record TV, RDC TV e SBT durante os protestos na capital. Para assegurar o pleno exercício da liberdade de imprensa, a Brigada Militar passou a fazer acompanhamento individual das equipes de reportagem.

O balanço apresentado pela BM indicou que, entre 31 de outubro e 2 de novembro, ocorreram mais de 50 bloqueios totais e 220 parciais em estradas gaúchas, gerando 165 autuações da BM e 171 da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A Polícia Civil registrou, no mesmo período, 35 ocorrências.

Subcomandante da BM, Coronel Douglas Soares diz que a postura com os manifestantes concentrados em áreas militares seguirá a mesma adotada nos bloqueios de estradas. “Proteger as manifestações, desde que não impeçam o direito de ir e vir”, explica ele afirmando que a Brigada buscará formas de negociar a saída dos manifestantes em caso de interrupções, evitando fazer uso da força.

Os integrantes do Gabinete também apontaram que há preocupação com desabastecimento de produtos na Ceasa – reflexo dos protestos em outros Estados –, e possíveis problemas nos estoques de medicamentos. A situação da distribuição de combustíveis está próxima da normalidade, conforme dados do Sulpetro – sindicato que reúne distribuidores de combustíveis no RS.

 

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