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Notícias | Rio Grande do Sul EDUCAÇÃO

Mensalidades das escolas particulares podem ter reajuste de até 11,7% em 2023

Dado foi divulgado pelo Sindicato do Ensino Privado do RS

Por Joceline Silveira
Publicado em: 06.12.2022 às 21:59

Pais com filhos em escolas particulares terão que preparar o bolso para o aumento nas mensalidades, que deve chegar a 11,7% nas escolas gaúchas em 2023. O dado foi divulgado pelo Sindicato do Ensino Privado do RS (Sinepe-RS). Cerca de dois terços das 145 instituições associadas ao sindicato terão aumento entre 6% até quase 12%.

Mensalidades das escolas particulares podem ter reajuste de até 11,7% em 2023
Mensalidades das escolas particulares podem ter reajuste de até 11,7% em 2023 Foto: Reprodução/Pexels


Segundo Oswaldo Dalpiaz, presidente do Sinepe, o reajuste é autorizado por lei e cada escola pode decidir se aumenta ou não o valor. "As instituições podem reajustar o valor das suas mensalidades anualmente. Só que devido à pandemia, no período desses dois anos, praticamente não houve reajuste nenhum. As instituições mantiveram devido ao momento difícil que passamos. Mas agora para o próximo ano, as instituições precisam estabilizar o fluxo de caixa".

Conforme Dalpiaz, o custo com pessoal é o principal item na composição da mensalidade. Outros fatores que impactam são as mudanças do novo ensino médio que exigiram investimentos em infraestrutura e tecnologia, seguidos de contas básicas. "O ensino médio custa mais porque tem mais matérias, mais professores. Então só ali já tem um aumento. Se tivesse ainda o aumento da inflação, que é o que normalmente é autorizado, seria um custo a mais", explica.

Na contramão

A pesquisa também mostra que 86% das instituições têm a expectativa de manter ou aumentar o número de alunos, enquanto outros 14% das instituições preveem redução de até 20%. Entre as que pretendem reduzir está a Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, de Novo Hamburgo. No início do mês de novembro, os pais dos alunos da instituição foram informados sobre redução de cerca de 30% em 2023.

Segundo a coordenadora de Orçamento e Finanças da Liberato, Andréia Goldstein de Moraes, na prática a escola pôs as contas na ponta do lápis para não repassar os custos às famílias e evitar a evasão escolar. "Neste sentido a Liberato, no intuito de diminuir os efeitos econômicos e atendendo a sua função social, conduziu estudo que permite a redução das mensalidades para o próximo ano, em média de 30% em relação a tabela de 2022".

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