Denúncias de contaminação de molho de tomate são investigadas em Viamão

Pelo menos três moradores de Viamão, na região metropolitana de Porto Alegre, registraram boletim de ocorrência contra uma empresa alimentícia por suspeita de contaminação de molho de tomate pronto. De acordo com a Polícia Civil, os produtos estavam dentro do prazo de validade e foram comercializados em diferentes estabelecimentos comerciais do município. Há relatos de famílias que chegaram a consumir parte da mercadoria antes de constatar o aspecto estranho do produto. Os casos viraram inquérito policial. 

"São diversos lotes, estamos fazendo o levantamento", afirma a delegada Jeiselaure Rocha de Souza, titular da 1ª Delegacia de Polícia de Viamão. Ela afirma que a investigação é prioridade para a equipe, já que a marca do molho de tomate é amplamente comercializada em redes de varejo e atacado de alimentos.

Conforme a delegada, apesar de terem sido comprados em estabelecimentos diferentes e pertencerem a lotes distintos, os produtos apresentam alteração semelhante. Além dessas três denúncias à DP de Viamão, casos parecidos envolvendo a mesma marca teriam sido registrados em outras cidades, desde outubro deste ano.

Vigilância acionada

A Polícia Civil já adotou medidas junto à Vigilância Sanitária e a estabelecimentos de Viamão, no sentido de orientar os consumidores para que observem as condições do produto antes de consumi-lo.

Em nota, a Vigilância Sanitária disse que "foi acionada pela Polícia Civil e vai efetuar, juntamente com a PC, as coletas de produtos para envio à Vigilância Sanitária Estadual, que vai fazer as análises". Também afirmou que "até o momento, não havia sido registrada denúncia desse tipo diretamente à Vigilância Sanitária".

A orientação para quem encontrar alguma alteração no produto é para que procure a Polícia. Informações como o local da compra e o lote da mercadoria são importantes para a investigação.

Próximos passos

No momento, a Polícia Civil investiga a possibilidade de crimes contra as relações de consumo e também envolvendo questões sanitárias e ambientais. Os produtos apresentados serão encaminhados à Perícia, sendo preciso analisar o contexto do processo produtivo das mercadorias.

As vítimas e os proprietários dos estabelecimentos comerciais serão ouvidos nos próximos dias. A Polícia também solicitou informações à fabricante e acionou autoridades por entender que a investigação precisa de rigor técnico.

Contraponto

A reportagem fez contato por telefone e solicitação por e-mail para a Fugini Alimentos LTDA, mas até as 16h30 não havia obtido retorno. O espaço segue aberto para manifestação da empresa.