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Notícias | Rio Grande do Sul PORTO ALEGRE

Com data mantida, júri de skinheads acusados de tentar matar judeus será no fim do mês

Caso aconteceu no bairro Cidade Baixa, em 2005. Acusados respondem por três tentativas de homicídio, associação criminosa e crime de discriminação

Publicado em: 17.03.2023 às 10:17 Última atualização: 17.03.2023 às 11:23

O júri dos skinheads acusados de atacar um grupo de judeus em Porto Alegre está mantido para o dia 28 de março. A sessão do julgamento está marcada para as 9h, no plenário de grandes júris, no segundo andar do Foro Central I da Comarca da capital. A defesa de um dos réus queria a transferência alegando que a principal testemunha indicada foi internada para tratamento psiquiátrico por prazo indeterminado. No entanto, a juíza Andreia Nebenzahl de Oliveira não aceitou o pedido.

Serão julgados os réus Valmir Dias da Silva Machado Júnior, Israel Andriotti da Silva e Leandro Maurício Patino Braun, acusados de três tentativas de homicídio qualificado (motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa dos ofendidos), associação criminosa e crime de discriminação ou preconceito racial.

Conforme a denúncia do MP, eles faziam parte do grupo Carecas do Brasil, facção de skinheads que apregoa preconceitos contra determinados grupos raciais e sociais, como judeus, negros, homossexuais e punks. Outros cinco réus foram condenados em dois júris anteriores.

Material apreendido com réus pela acusação
Material apreendido com réus pela acusação Foto: Ministério Público RS
Segundo a acusação, na madrugada do dia 8 de maio de 2015, Rodrigo Fontella Matheus, Edson Nieves Santanna Júnior e Alan Floyd Gipsztejn caminhavam pela esquina das ruas Lima e Silva e República, bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, quando foram atacados por um grupo de skinheads, de ideologia neonazista.
As vítimas usavam quipás (pequeno chapéu em forma de circunferência, usado pelos judeus). Os agressores estavam dentro de um bar quando avistaram os rapazes em frente ao estabelecimento. Rodrigo foi golpeado com arma branca, socos e pontapés. O crime só não se consumou, pois a vítima contou com a intervenção de terceiros que estavam no local, bem como com pronto atendimento médico.

Edson também foi atacado pelo grupo - mediante golpes de arma branca, mas conseguiu escapar e buscar abrigo dentro do bar. Por último, Alan foi atacado, mas também conseguiu fugir para o interior de um estabelecimento.

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