Delegada regional, ex-secretaria de Boldrini e vizinha que cuidava de Bernardo depõem no segundo dia de Júri
Sessão do novo julgamento de Leandro Boldrini será retomado na manhã desta quarta-feira (22), com depoimento da psicóloga Ariane Schmitt
O segundo dia de julgamento de Leandro Boldrini, acusado de matar o filho Bernardo Boldrini, na época com 11 anos, iniciou com o depoimento da delegada regional de Três Passos, Cristiane de Moura e Silva Braucks, que participou das investigações em 2014. Nesta terça-feira (21), outras duas testemunhas prestaram depoimento na audiência.
“Eles apagaram o Bernardo”, disse Cristiane Braucks relembrando declaração feita pelo pediatra do menino na época em que ainda estava desaparecido. Assim como a delegada Caroline Bamberg Machado, que falou por mais de seis horas na sessão da segunda-feira (20), por cerca de quatro horas Cristiane detalhou a investigação da Polícia Civil feita na época.
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Durante a sua fala, ao recordar o dia da primeira comunhão de Bernardo, Juçara se emocionou. "Ele ligou o dia todo pro pai, mas o Leandro não atendia", lembrou. A vizinha também disse que após a morte da mãe, o menino passou a procurar a família dela. “Quando a Odilaine era viva, ele não dormia lá em casa. Ela era uma mãe superprotetora”, afirmou.
Juçara ainda contou como ela e a família ajudaram nas buscas pelo menino enquanto ele estava desaparecido. "Era um pedacinho meu", declarou. A sessão foi encerrada por volta das 20 horas e está marcada para ser retomada às 9 horas desta quarta-feira (22), com depoimento da psicóloga Ariane Schimitt. A previsão é de que o julgamento seja concluído na quinta-feira (22).
Leandro Boldrini é acusado de matar o filho e responde pelos crimes de homicídio quadruplamente qualificado (motivo torpe, motivo fútil, emprego de veneno e dissimulação), ocultação de cadáver e falsidade ideológica. Em 2019, ele havia sido condenado a 33 de prisão pela morte do menino. Mas dois anos depois, o julgamento foi anulado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.