CATÁSTROFE NO RS: "Só ficaram os prédios e máquinas pesadas", conta diretor da Beira Rio sobre cenário em Roca Sales
Fábrica da Beira Rio em Roca Sales foi destruída, mas empresa já trabalha na reconstrução e na retomada da produção
O município de Roca Sales, no Vale do Taquari, foi um dos mais afetados em decorrência da enchente devastadora que atinge o Estado desde a última segunda-feira (4). O cenário na cidade é de destruição e afetou, além das residências, diferentes empresas. Uma das principais empregadoras da cidade é a Calçados Beira Rio com 2 mil colaboradores (sendo 870 diretos). A calçadista foi destruída com a força das águas.
De acordo com o diretor industrial da Beira Rio, João Henrich, restou apenas a estrutura dos prédios e algumas máquinas pesadas.
"A cidade está devastada e como a Beira Rio fica dentro da cidade de Roca Sales ela também foi destruída. A água subiu 2 metros dentro da empresa. Só ficaram prédios e máquinas pesadas, o resto a água levou embora. Perdemos materiais, matérias-primas, calçados, equipamentos. Mas, ainda bem, ninguém se feriu", conta o diretor.
Ainda segundo Henrich, o momento agora é de reconstrução. "Foi um caos total. Temos 150 pessoas da equipe limpando, estamos tendo ajuda grande de pessoas, de fornecedores. São de 20 a 30 caminhões recolhendo entulhos. Ainda não conseguimos avaliar o prejuízo, mas será muito grande."
A retomada
A empresa está trabalhando, conforme o diretor industrial, para voltar a produzir em Roca Sales dentro de 30 dias, para isso contará com a ajuda de outras unidades que produzem a marca Vizzano, que é o carro-chefe da produção no município atingido pelas cheias.
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"Vamos pegando máquinas de outras fábricas e temos fornecedores que têm equipamentos para oferecer. Estamos fazendo um grande esforço. Neste momento a produção parou total, mas vamos atender os clientes usando outras unidades. As entregas queremos voltar antes ainda, em 10 dias", diz João Henrich.
As unidades da Beira Rio que auxiliarão neste momento são as de Santa Clara, Teutônia, Mato Leitão e Igrejinha.
Além do retorno da produção dos calçados, a Beira Rio quer voltar o quanto antes para preservar os empregos da cidade. "São pessoas que precisam de trabalho e bem-estar. Queremos voltar logo", ressalta o diretor.