CATÁSTROFE NO RS: Governo federal anuncia repasse de R$ 741 milhões às cidades atingidas pelas cheias
Em visita ao Vale do Taquari, presidente em exercício, Geral Alckmin, garantiu a construção de 1,5 mil casas por meio de programa de habitação; saiba mais
Após visita aos municípios mais atingidos pelas cheias no Vale do Taquari, o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, anunciou, neste domingo (10), que o governo federal autorizou a liberação de R$ 741 milhões para atender a região. O cálculo leva em conta uma série de repasses da União, que engloba diferentes programas e ministérios.
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O anúncio foi feito no início da tarde, na cidade de Lajeado. Alckmin chegou ao Rio Grande do Sul pela manhã, quando visitou o hospital de campanha instalado em Roca Sales. Mais tarde, esteve em Muçum. As duas cidades estão entre as mais afetadas pelas enchentes da última semana.
"O trabalho está começando para recuperar a região", declarou Alckmin. O número de municípios com estado de calamidade reconhecido passará oficialmente para 88 até esta segunda-feira (11), antecipou o presidente em exercício.
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Como será distribuído o recurso
Uma das maiores fatias da verba anunciada neste domingo será destinada à construção de moradias. Estão previstos R$ 195 milhões, que serão geridos pelo Ministério das Cidades. O governo projeta a construção de 1,5 mil casas nas cidades afetadas.
Além do recurso para moradias, o dinheiro também será utilizado para a reconstrução de pontes, assistência social, operações de resgate entre outros. Somente para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), serão R$ 125 milhões. "A Conab vai comprar os produtos da região e vai entregar aqui", explicou Alckmin durante o anúncio no Vale do Taquari.
Os governos municipais também receberão R$ 800, em duas parcelas, por cada desabrigado. Esse dinheiro será utilizado para o atendimento imediato aos necessitados. Também serão destinados recursos federais para o saque calamidade de até R$ 6,5 mil do FGTS, e para antecipação do Bolsa-Família e do Benefício de Prestação Continuada.
Linhas de crédito e suporte às empresas
Os recursos também já preveem a criação de linhas de crédito com juros reduzidos, como no caso do BPC, em que o governo vai oferecer a possibilidade de pagamento de salário mínimo extra, com retorno em 36 vezes sem juros ou correção monetária.
O pedido de crédito foi uma constante entre as autoridades locais. Alckmin garantiu que, por meio dos bancos públicos, irá anunciar nos próximos dias linhas especiais voltadas às empresas.
"Enchente que o privado teve um prejuízo astronomicamente maior do que o setor público", avaliou o prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, que ainda pediu uma linha especial destinada ao aluguel social. "Quero pedir que a gente tenha alternativas para acelerar as saídas das famílias dos abrigos."