Sobe para 46 o número de mortes causadas por enchentes no RS; busca por desaparecidos segue
Defesa Civil atualizou os dados às 18h30 deste domingo (10); novos óbitos foram registrados em três cidades
As enchentes que atingiram cidades do Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul, já deixam 46 mortos. O número, que não para de subir, foi atualizado pela Defesa Civil estadual às 18h30 deste domingo (10); pela manhã, eram 43 vítimas.
Os novos óbitos foram registrados em Bom Retiro do Sul, Colinas e Roca Sales. Este último, um dos municípios mais afetados pelo evento histórico, já soma 11 mortes.
A lista de desaparecidos segue inalterada: equipes de resgate continuam as buscas por outras 46 pessoas em Lajeado, Arroio do Meio e Muçum.
Número de mortos
- Cruzeiro do Sul: 5
- Encantado: 1
- Estrela: 2
- Ibiraiaras: 2
- Imigrante: 1
- Lajeado: 3
- Mato Castelhano: 1
- Muçum: 16
- Passo Fundo: 1
- Roca Sales: 11
- Santa Tereza: 1
- Bom Retiro do Sul: 1
- Colinas: 1
Desaparecidos
- Lajeado: 8
- Arroio do Meio: 8
- Muçum: 30
Outros dados
- Pessoas resgatadas: 3.130
- Municípios afetados: 93
- Desabrigados: 4.794
- Desalojados: 20.490
- Afetados: 340.918
- Feridos: 924
Fonte: Boletim da Defesa Civil Estadual - 10/09/2023 - 18h30
Dados dinâmicos
No fim da tarde deste domingo, integrantes do Gabinete de Crise concederam uma entrevista coletiva para atualizar os dados da tragédia. Subchefe da Casa Militar - Proteção e Defesa Civil, o coronel Marcus Vinícius Gonçalves Oliveira explicou que os números de mortos e desaparecidos precisam passar por diversas checagens.
Já no sábado (9), a Polícia Civil (PC) do Estado deu início à Operação Desaparecidos, que consiste na transferência de dez equipes que atuam em Porto Alegre para o Vale do Taquari. Na região, as equipes vão buscar sanar eventuais inconsistências nas listas de desaparecidos.
Outro aspecto apontado pelo coronel diz respeito aos acontecimentos em Muçum. Como o cemitério da cidade foi alagado, algumas covas acabaram abertas pelas águas e, inicialmente, suspeitou-se que esses cadáveres fossem de vítimas das enchentes. "A informação só é processada depois que passa por um sistema de informação. Através do IGP (Instituto-Geral de Perícias), é confirmado se (a pessoa) encontrada está envolvida neste evento", esclareceu.
*Colaborou Eduardo Amaral
