Idosa de 99 anos que ficou horas agarrada em parreiral para sobreviver a enchente em Roca Sales morre no hospital
Mulher morava no Vale do Taquari, região mais atingidas pela cheia do Rio Taquari no início deste mês no Rio Grande do Sul
A idosa de 99 anos que ficou oito horas agarrada a um parreiral com o corpo parcialmente submerso para sobreviver, morreu no hospital de Encantado na tarde desta quinta-feira (14). A mulher morava em Roca Sales, no Vale do Taquari, uma das cidades gaúchas mais atingidas pela cheia do Rio Taquari.
Elma Berger de Souza será velada na sexta-feira (15) na Câmara Municipal de Roca Sales a partir das 7 horas. O sepultamento ocorrerá às 15 horas no Cemitério Católico.
Relembre como a idosa sobreviveu
Elma estava com uma cuidadora em casa, na segunda-feira (4), quando a água começou a adentrar a residência. Na cidade, o rio chegou a subir cerca de 13 metros.
"Os filhos não conseguiam chegar à casa dela por causa da correnteza, [já que] a cidade inteira estava embaixo da água", disse Rogerio Pretto, marido de uma das netas da mulher, em entrevista ao Uol.
Os parentes conseguiram falar por telefone com os vizinhos da idosa. "A senhora que atendeu disse que elas estavam gritando por socorro", falou Pretto.
De acordo com os relatos de vizinhos, eles conseguiram avistar alguém de longe, mas não ouviram nada. Os moradores mais próximos da casa de Elma também ficaram ilhados. Por volta da 1 hora de terça (5), eles se abrigaram na caçamba de uma caminhonete com duas famílias, sem luz e bateria no telefone.
TRÂNSITO: Saiba quais rodovias do RS têm bloqueios parciais ou totais nesta quinta-feira
Policial militar arremessado em atropelamento durante perseguição teve diversas fraturas e segue na UTI
PREVISÃO DO TEMPO: Ciclone derruba temperaturas no RS, mas frio já tem data para acabar
"O rapaz do barco passou por lá por acaso e ela foi levada de helicóptero para o Hospital de Encantado, onde se encontra internada até hoje, mas está tudo bem. Ela relata que passou muito frio. Esse ainda foi um relato com final feliz, tem muita história triste, de crianças que foram arrastadas, de pessoas nos telhados das casas que foram arrastadas para cima", contou Pretto.