Erro no processo de identificação do IGP faz família de Muçum enterrar corpo de pessoa desconhecida
Sindicância foi instaurada pela Corregedoria do Instituto para apurar o caso
Uma vítima das chuvas excessivas que atingiu o Rio Grande do Sul foi enterrada por engano em Muçum, no Vale do Taquari. O Instituto-Geral de Perícias (IGP) informou que "houve um erro no processo de identificação de 22 vítimas das enchentes na unidade em Porto Alegre" e que, após uma segunda reanálise para a confirmação dos resultados, foi encontrada "uma grave inconsistência no resultado de um dos laudos".
O laudo de retificação não teria confirmado com exatidão a identidade do corpo, em função da baixa qualidade das imagens geradas na papiloscopia. As digitais estavam prejudicadas pela idade da pessoa e do tempo de exposição da água, de acordo com o IGP.
O cadáver chegou a ser apresentado e reconhecido por um familiar na sexta-feira da semana passada, no dia 8 de setembro, quando foi liberado para o velório e o sepultamento. A vítima, então, foi levada de Porto Alegre para ser enterrada em Muçum.
Em busca da confirmação da identidade da vítima e atendendo a solicitação da Polícia, o corpo foi exumado na segunda (11) para a realização de exames complementares, incluindo de DNA.
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"Tão logo ocorreu a verificação da inconsistência, uma sindicância foi instaurada pela Corregedoria do Instituto para apurar o caso. Guiado pela transparência, o IGP lamenta o ocorrido e está à disposição para elucidar os fatos", informou o IGP.