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Opinião Opinião

Uma semana de nova revisão de decretos anticoronavírus

No dia 30 vencem prazos de medidas como restrições a atividades econômicas e suspensão de aulas. E a grande pergunta que se faz é: qual será bandeira da nossa região?

Por Guilherme Schmidt
Publicado em: 27.04.2020 às 14:03 Última atualização: 27.04.2020 às 14:05

Entramos em mais uma semana de revisão de decretos municipais e também o estadual (que rege a região metropolitana - mesmo que alguns prefeitos tenham passado por cima em alguns casos). Na quinta-feira, 30 de abril, vence a validade de algumas medidas, como a suspensão das aulas (decretada em 19 de março), e a restrição a alguns tipos de atividades econômicas. A princípio, o governador Eduardo Leite deve fazer amanhã a nova apresentação do modelo de distanciamento social controlado que será adotado a partir de maio. O que parece ser certo é que as aulas não voltam dia 4. Em São Paulo o governo já anunciou que retorno será só a partir de julho e de forma gradual. Agora, se Porto Alegre já liberou (de forma controlada) o retorno das indústrias, fica difícil o Estado não liberar o mesmo para toda a região metropolitana.

Qual será a nossa bandeira?

Uma das expectativas é qual bandeira (vermelha, laranja, amarela ou verde) será adotada na Grande Porto Alegre, na qual estão inseridas as cidades da região. Acredita-se que ficaremos no laranja (risco médio), com liberação de algumas atividades com restrições, mas sem aulas e eventos. Na amarela até aulas poderiam ser liberadas com restrições. Já comércio/varejo e indústria já poderiam ser liberados na amarela, o que na laranja seria feito com restrições. 

Flexibilização por cidade

Alguns municípios menores sem casos confirmados ou aqueles com poucos casos na região cobram bandeira diferente para eles, apesar de fazerem parta da Grande Porto Alegre. Será que Leite dará espaço para flexibilização?

Sem isolamento

É bem verdade que se está muito mais perto da “normalidade” nas ruas do que do isolamento nos últimos dias. O povo parece ter já decretado o fim do isolamento. Pelo menos já tem muito mais gente usando máscaras nas ruas.

Despreocupação praiana

Se aqui na região se vê este afrouxamento popular, mas ainda com máscaras aparecendo, no litoral norte a situação é mais “normal” ainda. Tirando uma máscara e outra na rua e controle de entrada em grandes mercados, a preocupação é muito baixa. Tinha restaurante aberto, lancheria aberta, pessoal na beira-mar. Enfim, isolamento quase zero. Se as lojas de roupas e artesanato do centro de Tramandaí não estivessem fechadas, seria, sem dúvida, a normalidade restabelecida. Vale dizer que até ontem eram 24 casos no litoral norte: 10 em Torres, 7 em Capão da Canoa, 2 em Arroio do Sal, Osório e Tramandaí; e um em Imbé.

Imbé vacina mais que o dobro de idodos

A previsão era de 3 mil doses da vacina antigripe para idosos em Imbé, mas até sábado já eram mais de 7,5 mil vacinados. O principal motivos do “fenômeno” é que a praia recebeu muitas pessoas com mais de 60 anos de idade que deixaram suas cidades e buscaram no litoral o local para isolamento. Também tem sido grande o êxodo de idosos (principalmente aposentados) nos últimos anos que trocam a agitada e poluída vida urbana nas regiões metropolitanas pela tranquilidade no litoral - tranquilidade quando não é alta temporada, diga-se de passagem. 

Os números dos recuperados

Muitos leitores cobravam da imprensa a questão de só mostrar casos confirmados e mortes do novo coronavírus. Nos últimos dias,  os números de recuperados já aparecem mais nas notícias. Só que aí vai uma observação muito importante: não é que a imprensa não queria divulgar isso, mas sim, eram poucos os levantamentos neste sentido. Agora, as autoridades de saúde estão divulgando estes números e a imprensa pode repassar ao público. No RS, o número de recuperados gira em torno de 60%; já a taxa de letalidade está entre 3 a 4%. Mas sempre vale ressaltar que o número de testes ainda é muito baixo para confirmar quantas pessoas já foram contaminadas pelo vírus.    

A conta em dólar

Quem viajou ao exterior em 2019 ou até março - principalmente aos EUA - e está recebendo a conta agora da compra em cartão de crédito está tendo um senhor prejuízo. Exemplo: há dois meses, em fevereiro, o dólar estava em R$ 4,18. Na sexta, ele fechou em R$ 5,59 (após chegar até em 5,73). Ou seja, em um gasto total de mil dólares, a diferença chega a 1.410 reais (33% a mais). Isso também vale para quem trabalha com importação. O que era previsto há dois ou três meses, no início do ano, agora já traz uma conta muito diferente daquela planejada.


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