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O que a região precisa fazer para sair da bandeira vermelha

Por Igor Müller
Publicado em: 20.06.2020 às 20:33 Última atualização: 20.06.2020 às 20:49

A Região 7 do Plano de Distanciamento Controlado do Estado, encabeçada por Novo Hamburgo, estava há duas semanas com a mão na bandeira vermelha. Portanto, não surpreende que os 15 municípios do Vale do Sinos tenham recebido neste sábado classificação de alto risco para disseminação do novo coronavírus. Por mais que haja prazo de 24 horas para contestação das prefeituras, é difícil que a decisão seja revertida (isso se houver alguma tentativa). As regras mais rígidas impostas pela bandeira vermelha começam a valer na terça-feira (23). Se não entrar em bandeira vermelha já foi difícil, sair dela será ainda mais desafiador.

Nos últimos dias os indicadores da região pioraram consideravelmente. O Estado monitora 11 itens e em oito deles a região de Novo Hamburgo regrediu. Uma análise rápida sobre os dados do governo do Estado permite dizer que a região é a que exige mais atenção em todo o território gaúcho.

Para citar apenas um exemplo: no meio da semana Novo Hamburgo permaneceu por cerca de seis horas com todos os leitos de UTI dos três hospitais ocupados. O índice de ocupação dos 77 leitos de UTI da Região 7 está na casa dos 90% desde o mês de maio. Com isso, pacientes acabam sendo internados em Porto Alegre, onde a ocupação de leitos também cresce rapidamente. A situação é de alerta em toda a região metropolitana, tanto que a capital e Canoas também passam para bandeira vermelha. 

O governador já fala em risco de colapso, afinal a virada de junho para julho tradicionalmente é de hospitais lotados. Neste ano será pior.

Desde o início do Plano de Distanciamento Controlado Novo Hamburgo e região estiveram na bandeira laranja, que representa risco médio. E não tem muito segredo para voltar a este patamar, que representa sistema de saúde sob controle e economia funcionando, mesmo que em baixa rotação.

Novo Hamburgo precisa colocar em prática com urgência o projeto de 15 novos leitos de UTI anunciados nesta semana pela prefeita Fatima Daudt. Outras cidades como São Leopoldo podem fazer o mesmo. Afora isso, o jeito é apertar a fiscalização sobre quem exagera em tempos de distanciamento. Ou seja: a população precisa ajudar neste momento delicado.

O problema não é e nunca foi ir ao supermercado, a uma loja ou restaurante, onde os cuidados estão redobrados. O problema está na falta de cuidado diário, que se vê facilmente por aí. É preciso usar álcool gel ou lavar sempre as mãos, usar a máscara de forma correta, manter os ambientes limpos e arejados e especialmente cuidar ainda mais de quem integra o grupo de risco. Se cada cidadão fazer a sua parte, a região vence este desafio.


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