Se o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, adiou em mais uma semana a decisão se fica no PSDB ou vai para o PSD para disputar a presidência da República, João Doria, de São Paulo, garante: renuncia no dia 2 de abril para iniciar sua caminhada pelo Brasil. Vencedor das prévias tucanas, não abre mão da decisão democrática do partido. Doria participou do programa NH10 desta quinta-feira (17) na Rádio ABC 103.3 FM, entrevistado pelos jornalistas Cláudio Brito e João Ávila.
"Democracia tem que ser ser respeitada. Democracia não pode ser contestada. Você não pode ajustar a democracia à sua própria conveniência", disse o tucano, ao lembrar que as prévias do PSDB tiveram a participação de 44 mil eleitores. "A democracia foi estabelecida, votação feita e nós vencemos." O governador paulista lembra que, no discurso da vitória, disse que mão havia vencidos. "Todos nós vencemos por temos participado de um processo democrático que só o PSDB teve oportunidade de oportunizar. Elogiei o Eduardo, elogiei o Artur Virgílio, fui elogiado também e assim se segue. Protanto, viva a democracia.
O governador de São Paulo defende que não se pode desistir da democracia. "Estamos no páreo agregando valores, pessoas e partidos em defesa do Brasil. Aliás, a defesa não é da candidatura, é a defesa de um país melhor para os brasileiros. Um país com Educação, com emprego, com respeito à pluralidade do povo brasileiro e a retomada do crescimento."
Doria acredita que é possível atrair o governador gaúcho para o projeto tucano. "O Eduardo é um grande valor, competente, sério, vem fazendo ótima gestão no Rio Grande do Sul. Merece meu respeito como mereceu durante as prévias. Juntos podemos fazer mais e melhor."
Terceira via
A dificuldade que uma terceira via tem de conquistar espaço na intenção de voto do eleitor pode ser superada durante o período de campanha, na opinião de João Doria. "Vamos apresentar propostas, verdadeiras, autênticas, que mostram que é possível ter um gestor. O Brasil não vai querer um novo teste. Fizemos com o Bolsonaro e falhamos. Não dá para cometer o mesmo equívoco duas vezes", acrescentou, estendendo suas críticas também ao ex-presidente Lula. "Sem ser desrepeitoso, pretendo oferecer, ao lado de outras lideranças, uma alternativa melhor, de crescimento econômico, proteção ambiental e proteção social." Para ele, o cidadão não pode ficar refém de populistas de direita ou de esquerda.
Sobre a aproximação do PSDB com MDB e União Brasil, o pré-candidato tucano diz que há um bom entendimento e que será consolidado o nome que seja a melhor via para o Brasil. Vê o nome da emedebista Simone Tebet com "entusiasmo, admiração, respeito e amizade pessoal". Doria entende que a senadora "tem experiência, fibra, e determinação". E que, até o final de maio será definido quem será o melhor nome."